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Espanha resiste a pressão para vender bancos nacionalizados

Ministro disse que não será pressionado a vender dois bancos rapidamente ou a preços baixos


	Luis de Guindos, ministro da Economia: "compradores sempre tentam dar a impressão que as coisas valem menos do que realmente valem... Estamos convencidos que essas entidades têm valor", disse
 (Peter Muhly/AFP)

Luis de Guindos, ministro da Economia: "compradores sempre tentam dar a impressão que as coisas valem menos do que realmente valem... Estamos convencidos que essas entidades têm valor", disse (Peter Muhly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 12h29.

Madri - O ministro de economia da Espanha, Luis de Guindos, disse nesta segunda-feira que não será pressionado a vender dois bancos nacionalizados muito rápido ou a preços baixos, enquanto profissionais do mercado pressionam o governo a agir para resolver os persistentes problemas no sistema financeiro.

Profissionais do mercado financeiro dizem que a Espanha deve fornecer mais fundos para alguns bancos resgatados no ano passado usando a ajuda da União Europeia e seu próprio dinheiro se quer vendê-los logo.

Um recente relatório sobre o setor bancário encomendado pelo governo, elaborado pelo banco de investimento Nomura e a consultoria McKinsey, sugere a rápida venda do Catalunya Banc e do NCG Banco antes de seus ativos se deteriorarem ainda mais, segundo duas fontes bancárias.

O ministro da Economia espanhol disse que o governo está analisando todas as opções para a venda dos dois bancos, mas disse que não há pressa.

"Os compradores sempre tentam dar a impressão que as coisas valem menos do que realmente valem... Estamos convencidos que essas entidades têm valor", disse o ministro à rádio Cope.

"Nós temos que fazer isso no momento certo e o processo deve ser competitivo... Temos cinco anos para fazê-lo, não há necessidade de pressa." O Catalunya Banc, baseado em Barcelona, e o NCG Banco, da região da Galícia, que juntos respondem por menos de 10 por cento do mercado bancário espanhol, estão entre os principais receptores da maior parte do empréstimo de 41 bilhões de euros (55 bilhões de dólares) que a Espanha recebeu de Bruxelas no ano passado.

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