Negócios

Ericsson precisa que indústrias adotem 5G para sustentar recuperação

A empresa aposta que os novos modelos de negócios possibilitados pela tecnologia 5G podem impulsionar um aumento de até 36% nos serviços

Ericsson: novos negócios 5G podem gerar até 619 bilhões de dólares em receita adicional até 2026, disse Christian Hedelin, diretor de estratégia do negócio de redes da Ericsson (Ericsson/Divulgação)

Ericsson: novos negócios 5G podem gerar até 619 bilhões de dólares em receita adicional até 2026, disse Christian Hedelin, diretor de estratégia do negócio de redes da Ericsson (Ericsson/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 21 de junho de 2018 às 14h40.

Estocolmo/Londres - A Ericsson precisa que uma série de indústrias adote serviços de telefonia móvel 5G se a fabricante de equipamentos para telecomunicações quiser obter um impulso de longo prazo que permitiria avançar em redução de custos para a expansão.

Por enquanto, a empresa sueca está se concentrando em um plano de redução de custos até 2020 para sustentar a lucratividade, esperando que o crescimento retorne conforme o ritmo das atualizações de rede para o 5G for retomado no início da década seguinte.

Tendo enfrentado queda de receitas desde o pico de vendas da tecnologia 4G no meio da década, a Ericsson deposita suas esperanças de crescimento revigorado no surgimento de novos negócios de telefonia móvel em 10 setores, como manufatura, energia e segurança pública.

A Ericsson aposta que os novos modelos de negócios possibilitados pela tecnologia 5G poderiam impulsionar um aumento de até 36% nos serviços da indústria de telecomunicações.

Já a receita das operadoras de telefonia nesses negócios deve crescer apenas 1,5% ao ano até 2026, chegando a 1,74 trilhão de dólares, metade dos quais provenientes dos serviços de telefonia móvel e o restante da telefonia fixa e banda larga, prevê a empresa.

Mas os novos negócios 5G podem gerar até 619 bilhões de dólares em receita adicional até 2026, disse à Reuters Christian Hedelin, diretor de estratégia do negócio de redes da Ericsson.

"Há enormes possibilidades. Cabe a nós, como uma indústria, garantir que, dentro do possível, esse valor potencial se materialize", disse Hedelin.

A Ericsson não irá projetar como isso pode se traduzir em crescimento para a empresa. Atualmente, é o segundo maior fornecedor mundial de equipamentos para redes móveis, depois da gigante chinesa Huaweia, e à frente da finlandesa Nokia.

Hedelin afirmou que as operadoras de telefonia historicamente investem cerca de 2 a 3% de suas receitas totais em redes, o que deixaria entre 35 bilhões a 70 bilhões de dólares com os fabricantes de equipamentos.

Analistas da indústria projetam que o mercado de equipamentos para telecomunicações vai retornar a um crescimento muito modesto a partir de 2020, conforme a demanda por redes 5G comece a avançar.

Porém, a maior parte dos analistas afirma que deve levar até meados da próxima década para que as receitas do 5G superem gerações anteriores e que as vendas de equipamentos da tecnologia provavelmente nunca vão superar o investimento feito em 4G.

Acompanhe tudo sobre:5GEricssonInternet

Mais de Negócios

Franquias no RJ faturam R$ 11 bilhões. Conheça redes a partir de R$ 7.500 na feira da ABF-Rio

Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20

Saiba os efeitos da remoção de barragens

Exclusivo: Tino Marcos revela qual pergunta gostaria de ter feito a Ayrton Senna