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Equipe de F1 da Mercedes ajuda a criar respirador em apenas 5 dias

Além da Mercedes, outras empresas no Reino Unido, como Rolls-Royce e Ford, se uniram ao governo para aumentar a produção de respiradores

Carro de F1 da Mercedes: apoio ao governo britânico na produção de respiradores (Marco Canoniero/LightRocket)

Carro de F1 da Mercedes: apoio ao governo britânico na produção de respiradores (Marco Canoniero/LightRocket)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2020 às 08h38.

Última atualização em 31 de março de 2020 às 01h59.

Com a Fórmula 1 paralisada, a alta tecnologia da corrida de carros mais cara do planeta está sendo usada contra o novo coronavírus. O time da equipe Mercedes, gerida pela montadora alemã de mesmo nome, ajudou a criar em menos de uma semana um tipo de respirador menos invasivo que o tradicional.

Os engenheiros da equipe colaboraram com pesquisadores e profissionais de saúde no Reino Unido, onde fica sediado o time de F1 da montadora. O projeto contou com equipes da University College London, incluindo médicos do University College Hospital, hospital universitário da instituição e que faz parte do sistema público de saúde do Reino Unido, o NHS.

O aparelho montado é chamado de Continuous Positive Airway Pressure (CPAP), que ajuda pessoas que podem respirar sozinhas, mas têm dificuldade de fazê-lo. Esse tipo de aparelho já existe, mas está com oferta reduzida. A produção da Mercedes deve aumentar a quantidade de aparelhos disponíveis.

A máquina usa a pressão do ar para manter as vias respiratórias abertas, e é também usada em outros tipos de doenças que causam problemas respiratórios, como apneia do sono. A dificuldade para respirar é um dos problemas mais graves da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Na prática, a tecnologia vai ajudar pacientes com problemas respiratórios mais leves a poderem sair das unidades de tratamento intensivas, onde usam os respiradores tradicionais.

Quarenta dispositivos do tipo foram entregues ao hospital da universidade parceira, e outros três para hospitais de Londres. Até 1.000 aparelhos podem ser feitos por dia na unidade da equipe de F1 da Mercedes, que fica na cidade inglesa de Brackley. Caso os testes finais deem certo, a produção pode começar em uma semana. A agência que regula medicamentos e insumos de saúde no Reino Unido, a MHRA, já concedeu aprovação para o dispositivo.

A Mercedes é uma das equipes mais bem-sucedidas da história recente da Fórmula 1. A escuderia levou tanto o título de construtores quanto o de pilotos em todos os anos entre 2014 e 2019. No ano, a equipe de Fórmula 1 movimenta uma máquina gigantesca de vendas e tecnologia. Em 2018, data do último balanço, a escuderia teve faturamento de 338,4 milhões de libras (mais de 2 bilhões de reais) e lucro de 13,3 milhões de libras. A equipe tem mais de 960 funcionários.

Assim como em outros esportes, a temporada 2020 da Fórmula 1 foi paralisada em meio à pandemia de coronavírus.

Além da Mercedes, outras empresas no Reino Unido também se uniram ao governo para aumentar a produção de respiradores. O projeto foi batizado de "VentilatorChallengeUK" -- algo como "desafio dos respiradores". Estão participando nomes como a fabricante de aeronaves francesa Airbus, a montadora americana Ford, a montadora de carros de luxo britânica Rolls-Royce e o conglomerado industrial alemão Siemens. A produção deve começar na semana que vem.

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