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Equatorial Energia considera fazer oferta pela Celpa

A Celpa, empresa do Grupo Rede Energia que atende o Estado do Pará, entrou com um pedido de recuperação judicial em fevereiro

A Celpa é considerada um alvo para aquisição enquanto o governo e empresas privadas aumentam a sua participação no mercado de distribuição (GettyImages)

A Celpa é considerada um alvo para aquisição enquanto o governo e empresas privadas aumentam a sua participação no mercado de distribuição (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 23h59.

São Paulo - Um importante fundo brasileiro de private-equity que controla a Equatorial Energia está considerando fazer uma oferta pela distribuidora paraense Celpa, disseram duas fontes com conhecimento da situação nesta terça-feira.

A Celpa, empresa do Grupo Rede Energia que atende o Estado do Pará, entrou com um pedido de recuperação judicial em fevereiro, mencionando deterioração de suas finanças e apresentou neste mês o plano de recuperação à justiça do Pará.

A Equatorial está considerando as suas opções na Celpa, disse uma das fontes que pediu para não ser identificada. Outra fonte disse que a Vinci Partners, empresa liderada por Gilberto Sayão e que controla a Equatorial, está à frente das negociações.

A Celpa é considerada um alvo para aquisição enquanto o governo e empresas privadas aumentam a sua participação no mercado de distribuição, um segmento no qual a maior escala ajudaria a compensar as estimativas de menores receitas para os próximos anos. A consolidação é chave para as companhias distribuidoras de energia, para fortalecimento financeiro e operacional.

O interesse da Vinci na Celpa ocorre semanas depois de outra empresa de private equity, Laep Investments, dizer que poderá fazer oferta pela Celpa para facilitar um acordo entre credores e o acionista controlador da Celpa, Jorge Queiroz Jr.

As empresas de private equity têm sido vistas por investidores como as mais prováveis compradoras da Celpa, por causa da sua habilidade para recuperar companhias à beira da falência.

A falta de ofertas firmes impediu Queiroz, que também é presidente do Conselho de Administração da Rede Energia, de vender parte ou a totalidade de sua participação de 54 por cento. O governo se opõe a resgatar a Celpa.

A Celpa e a Equatorial Energia não quiseram comentar, por meio da assessoria de imprensa. Telefonemas ao porta-voz da Vinci no Rio de Janeiro não foram atendidos imediatamente.

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