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Eneva suspende pagamento de juros a credores

"O acordo objetiva a preservação de caixa da Eneva e suas controladas, bem como possibilita dar sequência ao plano de estabilização", disse a empresa


	Usina da ex-MPX: a Eneva também divulgou a renúncia de dois membros de seu conselho de administração
 (Eneva/Divulgação)

Usina da ex-MPX: a Eneva também divulgou a renúncia de dois membros de seu conselho de administração (Eneva/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 09h10.

São Paulo - Após passarem por seguidos leilões durante a manhã de segunda-feira, 20, e chegarem a cair mais de 7%, as ações da geradora privada de energia Eneva (antiga MPX) terminaram o pregão de ontem em queda de 0,64%.

A desvalorização é reflexo dos rumores de que estão adiantadas as discussões para que a empresa entre com pedido de recuperação judicial.

A empresa informou que está em vigor um acordo para suspender, até 21 de novembro de 2014, a amortização e o pagamento de juros de operações financeiras contratadas pela companhia e suas subsidiárias com credores financeiros, dentre eles o BNDES, o BTG Pactual, o Citibank, o HSBC Brasil e o Itaú Unibanco.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que o acordo em questão está sujeito à satisfação de condições precedentes ao longo do período informado.

"O acordo objetiva a preservação de caixa da Eneva e suas controladas, bem como possibilita dar sequência ao plano de estabilização da companhia, tendo como base o reperfilamento das dívidas financeiras e a adequação da estrutura de capital da companhia", afirmou a empresa.

Em comunicado à parte na noite de sexta-feira, a Eneva também divulgou a renúncia de dois membros de seu conselho de administração: Ricardo Luiz de Souza Ramos, representante do BNDES no órgão, e Ronnie Vaz Moreira, membro independente.

Petróleo

A OGPar, petroleira fundada por Eike Batista, assim como a MPX, está buscando recursos para financiar o plano de investimentos de 2015, afirmou ontem o presidente da companhia, Paulo Narcelio.

A empresa já anunciou que pretende investir de US$ 200 milhões a US$ 500 milhões no próximo ano, na expectativa de atingir o pico de produção, de 25 mil a 30 mil barris de petróleo por dia, em 2016.

Hoje, o campo de Tubarão Martelo tem quatro poços perfurados e a previsão em 2015 é perfurar mais dois poços produtores, além de três injetores.

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