Ricardo Botelho, presidente da Energisa: ajuda a pequenas empresas (Energisa/Divulgação)
Juliana Estigarribia
Publicado em 29 de julho de 2020 às 19h32.
Última atualização em 29 de julho de 2020 às 20h23.
A Energisa, grupo de energia com sede em Minas Gerais, viabilizou crédito de 10 milhões de reais para micro e pequenas empresas do estado. O objetivo é ampliar o acesso de empreendedores a recursos para capital de giro em meio à pandemia do novo coronavírus.
O projeto nasceu do movimento Energia do Bem, liderado pela Energisa juntamente com 12 parceiros para viabilizar ações emergenciais na crise atual. A elétrica doou 1,9 milhão de reais à iniciativa Estímulo 2020, que oferece crédito barato e facilitado a micro e pequenas empresas de Minas Gerais.
Para cada real doado, a cooperativa de crédito Sicoob Credfiemg (mantida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) aplica mais 4 reais. Lançado em junho, o projeto está disponível para as 77 cidades atendidas pela Energisa na Zona da Mata e no Sul do estado.
"É dinheiro na veia para o setor mais afetado na pandemia e que mais emprega no país. A recuperação da economia brasileira vai ser mais lenta e desigual se estas empresas não sobreviverem", afirma Ricardo Botelho, presidente da Energisa, em entrevista à EXAME.
O executivo reforça que o projeto foi montado com o apoio de vários parceiros, inclusive pro bono (não remunerado), de empresas que apoiaram o projeto por meio de tecnologias de análise de crédito. A meta é fazer com que todo o processo seja rápido e facilitado. "A grande dificuldade das linhas de crédito disponíveis, hoje, é que os recursos não chegam à outra ponta com agilidade. Tem que ser rápido e digital."
O pedido deve ser submetido no site da iniciativa Estímulo 2020 de Minas Gerais. A plataforma de empréstimo é digital e o crédito poderá ser acessado no valor equivalente a até um mês de faturamento da empresa.
Os juros são de 0,53% ao mês e 6,55% ao ano, com carência de 3 meses e pagamento em até 15 vezes. Serão atendidas empresas com no mínimo dois anos de atividade, bom histórico e faturamento anual entre 360 mil e 4,8 milhões de reais.
Segundo Botelho, o programa também contempla educação financeira. "Se as micro e pequenas empresas não tiverem condições de operar, o país não vai retomar."