(Enel/Divulgação)
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Publicado em 2 de dezembro de 2022 às 07h30.
Última atualização em 7 de dezembro de 2022 às 19h17.
A transição energética vem se mostrando o principal caminho para atingir os compromissos de combate às mudanças climáticas firmados no Acordo de Paris ao impactar, diretamente, na queda de emissões de dióxido de carbono, poeiras finas e outras substâncias responsáveis pelo efeito estufa.
E o Brasil tem feito a lição de casa. De acordo com relatório anual do Global Wind Energy Council (GWEC) divulgado no primeiro semestre deste ano, o país assumiu a sexta posição no Ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore em 2021 (ante ao sétimo lugar, em 2020). Em 2012, ocupava a 15ª posição.
O crescimento, expressivo, é uma ótima notícia, já que a energia eólica tem todas as credenciais para assumir a liderança na transição mundial para o uso de fontes verdes, acelerando a substituição das matrizes energéticas focadas nos combustíveis fósseis, como o carvão e o gás natural, por aquelas com baixa ou zero emissões de carbono, baseada em fontes renováveis (tanto eólica como solar ou hidráulica).
A substituição de combustíveis fosseis e poluentes por eletricidade alimentada por fontes renováveis de energia é a chamada eletrificação, uma maneira econômica e eficiente de descarbonizar o consumo final nos transportes, comércio, indústria e nas casas também.
Gratuitas, inesgotáveis e disponíveis em grande parte da superfície terrestre, as fontes verdes viabilizam, ainda, a autossuficiência energética e vão em direção ao desenvolvimento sustentável.
Porém, apesar da posição privilegiada em relação à sua matriz energética, é preciso acelerar os investimentos em fontes renováveis no Brasil. E diversas empresas já começaram a fazer a sua parte.
A Enel, empresa multinacional do setor elétrico com forte atuação no Brasil, gera energia no país apenas de fontes limpas (eólica, solar e hídrica).
Com capacidade total instalada renovável de mais de 4,9 GW, dos quais mais de 2,4 GW são de fonte eólica, cerca de 1,2 GW são de fonte solar e cerca de 1,3 GW de hidro, o grupo é, hoje, o maior player eólico e solar do Brasil.
Para ter uma ideia da importância do Brasil na capacidade de geração limpa, cerca de um quinto de toda a capacidade adicional de geração renovável da Enel no mundo em 2021 foi colocada em operação no território brasileiro.
Por meio da Enel Green Power – braço de geração renovável da Enel –, a companhia construiu e opera no Brasil o maior parque eólico e o maior parque solar da América do Sul: os projetos Lagoa dos Ventos e São Gonçalo, respectivamente – ambos localizados no Piauí.
Localizado nos municípios de Lagoa do Barro do Piauí, Queimada Nova e Dom Inocêncio, o parque eólico Lagoa dos Ventos é o maior parque eólico atualmente em operação na América do Sul.
Recentemente, a companhia iniciou a construção da segunda expansão do complexo eólico, com investimentos de cerca R$ 2,5 bilhões. A primeira ampliação do complexo eólico Lagoa dos Ventos, iniciada em 2020, já está parcialmente em operação e a expectativa é de que esteja 100% concluída até o fim do ano.
Quando a segunda ampliação estiver pronta, o complexo, que atualmente já possui cerca de 1 GW em funcionamento, vai atingir uma capacidade instalada total de 1,5 GW, com 372 aerogeradores capazes de gerar mais de 6,7 TWh por ano e evitar a emissão de mais de 3,6 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.
“Pretendemos aproveitar ao máximo as sinergias geradas por nossa longa presença na região para colocarmos este novo parque em operação o quanto antes e seguirmos contribuindo para a diversificação da matriz energética do país, disponibilizando uma energia limpa, confiável e economicamente competitiva”, disse Bruno Riga, responsável pela Enel Green Power no Brasil.
Para otimizar a produção de energia em Lagoa dos Ventos, a Enel Green Power desenhou um layout de planta baseado numa avaliação criteriosa dos recursos eólicos disponíveis. A empresa também aplica em suas obras o conceito de Canteiro Sustentável, garantindo o reaproveitamento de água dos aparelhos de ar-condicionado, coleta seletiva, compostagem, reutilização de madeira e resíduos da construção civil, entre outras medidas.
A obra fomenta, ainda, a economia local dos municípios do entorno, contribuindo com o crescimento econômico inclusivo, tanto pela geração de empregos e oportunidades quanto pela implementação de projetos sociais e apoio a comunidades locais voltados para a erradicação da pobreza na região.
Considerando todo o complexo Lagoa dos Ventos, incluindo a nova expansão, foram gerados ao todo cerca de 7 mil empregos, dos quais cerca de 2,8 mil ocupados por trabalhadores locais.
A estimativa é que as contratações locais no complexo eólico gerem cerca de R$ 25 milhões em renda, beneficiando diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores, com impactos na economia local.
Além disso, a empresa possui um compromisso com a geração de valor compartilhado nas comunidades em que atua e desenvolve uma série de ações de sustentabilidade baseadas no diálogo com as lideranças locais. Em Lagoa dos Ventos, foram desenvolvidos mais de 75 projetos de educação ambiental, cidadania, saúde, diversidade, cultura e formação profissional, com cerca de 80 mil beneficiados.