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Enel, que disputa a compra da Eletropaulo, tem lucro 18,9% maior

Empresa de energia italiana registrou lucro líquido de 1,169 bilhão de euros no primeiro trimestre deste ano

Enel: ganhos, segundo release de resultados divulgado pela companhia, foram impulsionados, entre outras coisas, por uma redução das despesas financeiras (Tony Gentile/Reuters)

Enel: ganhos, segundo release de resultados divulgado pela companhia, foram impulsionados, entre outras coisas, por uma redução das despesas financeiras (Tony Gentile/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de maio de 2018 às 17h28.

São Paulo - A Enel, empresa de energia italiana que disputa a compra da Eletropaulo, registrou lucro líquido de 1,169 bilhão de euros no primeiro trimestre deste ano, valor 18,9% superior ao registrado em igual período de 2017.

Os ganhos, segundo release de resultados divulgado pela companhia, foram impulsionados, entre outras coisas, por uma redução das despesas financeiras.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 3,1% no período, de 3,914 bilhões de euros, de janeiro a março de 2017, para 4,037 bilhões de euros nos primeiros três meses deste ano.

Segundo a Enel, os números foram afetados positivamente pelo crescimento orgânico em energia renovável e distribuição, especialmente no Brasil e na Argentina.

Já a receita líquida registrou queda de 2,2% na mesma base de comparação, de 19,366 bilhões de euros para 18,946 bilhões. Nessa linha do balanço, a Enel pontua o efeito negativo da taxa de câmbio, sobretudo na América do Sul.

As receitas na região totalizaram 3,086 bilhões de euros no primeiro trimestre, queda de 5% ante igual intervalo de 2017.

As despesas financeiras da companhia, citadas como um dos motivos determinantes para o aumento do lucro, recuaram 15,4% na comparação entre o primeiro trimestre de 2017 e de 2018, de 1,453 bilhão de euros para 1,229 bilhão de euros.

A Enel disputa o controle da Eletropaulo com a Neoenergia (controlada pela Iberdrola) e, até agora, fez a maior oferta pela empresa, de R$ 32,20 por ação. Enquanto isso, a Neoenergia, que tem uma oferta de R$ 32,10 na mesa, foi à Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM) para instauração de procedimento arbitral contra a Eletropaulo.

O procedimento está relacionado ao compromisso firmado pela empresa em 16 de abril de realizar um investimento na distribuidora paulista, com a subscrição de ações na oferta ao preço de R$ 25,51 e a oferta restrita de ações apresentada pelo controle da companhia.

Em 25 de abril, a Eletropaulo cancelou a oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias da companhia (follow on), com esforços restritos de colocação, e no dia seguinte a Neoenergia elevou sua oferta para R$ 32,10 por ação.

Mas a Neoenergia já deixou claro que pode ir além do processo arbitral e adotar outras medidas judiciais ou administrativas para defender o que entende ser seu direito, no que diz respeito ao acordo de investimento assinado entre as empresas no mês passado, informou a companhia, em fato relevante divulgado na terça-feira, 8.

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