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Enel eleva para R$ 32 o preço ofertado por ação da Eletropaulo em OPA

Novo valor consta no terceiro aditamento ao edital de oferta pública voluntária concorrente para aquisição das ações de emissão da distribuidora

Enel: empresa diz que aumento de preço "confirma a intenção" do grupo italiano em continuar participando de um processo competitivo (Tony Gentile/Reuters)

Enel: empresa diz que aumento de preço "confirma a intenção" do grupo italiano em continuar participando de um processo competitivo (Tony Gentile/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2018 às 19h19.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 10h35.

São Paulo - O grupo Enel elevou seu lance na briga para levar o controle da distribuidora paulista Eletropaulo, ao ofertar R$ 32 por ação da empresa. O novo valor proposto é 8,8% superior à oferta da concorrente Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, que na semana passada anunciou uma oferta pública voluntária de ações concorrente a R$ 29,40/ação.

O novo valor consta no terceiro aditamento ao edital de oferta pública voluntária concorrente para aquisição das ações de emissão da distribuidora, que foi disponibilizado no fim da tarde desta quarta-feira, 25, pela Eletropaulo.

No aditamento, a Enel diz que o aumento de preço "confirma a intenção" do grupo italiano em continuar participando de um processo competitivo, transparente e justo para aquisição do controle da Eletropaulo, por meio de ofertas públicas concorrentes de aquisição de ações, e reitera que sua oferta está condicionada ao cancelamento dada oferta pública de distribuição de ações, com esforços restritos (follow on).

A Enel sinalizou, em suas declarações, que considera o aumento de seu lance como uma "resposta" ao comunicado ao mercado divulgado pela Eletropaulo na última segunda-feira (23).

Na ocasião, a distribuidora paulista divulgou um longo texto, atendendo a pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de se manifestar sobre o "sentido econômico" para a companhia e seus acionistas de dar andamento ao follow on.

A manifestação foi solicitada pela CVM, após carta encaminhada pelo grupo italiano, que argumenta que a operação "não está sendo realizada no momento mais adequado", tendo em vista a competição acirrada pelo controle da Eletropaulo por grandes grupos de energia.

No texto, a Eletropaulo afirma que o follow on é "perfeitamente justificável", mas diz que continuaria avaliando as opções, "tomando em conta o cronograma do follow on, as restrições de prazo estabelecidas pelos ofertantes e a possibilidade do surgimento de propostas mais vantajosas dos atuais ofertantes ou de terceiros".

A distribuidora também sugeriu que a Enel deveria melhorar sua proposta de forma a vencer a disputa pelo preço, criticando o debate via "carta aberta" iniciado pela italiana.

"Na verdade, cabe exclusivamente à Enel, se atenta ao melhor interesse dos acionistas da Eletropaulo e à competitividade da oferta, fazer uma oferta de preço mais atraente e, se e quando bem-sucedida, realizar a capitalização como já contratado por uma de suas concorrentes", disse a companhia.

O conselho de administração da Eletropaulo se reúne nesta noite, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, e deve discutir o seguimento do follow on, tendo em vista o prazo dado pela Enel, até esta quarta, para o cancelamento da operação.

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