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Endividamento da Petrobras pode superar nível de 35%

Rio de Janeiro - O eventual adiamento do prazo de capitalização da Petrobras, cogitado na semana passada pelo presidente José Sergio Gabrielli caso a situação da economia europeia se agrave, pode levar o endividamento líquido da companhia a estourar o nível de 35% no fim do terceiro trimestre. O limite é exigido pelas agências de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Rio de Janeiro - O eventual adiamento do prazo de capitalização da Petrobras, cogitado na semana passada pelo presidente José Sergio Gabrielli caso a situação da economia europeia se agrave, pode levar o endividamento líquido da companhia a estourar o nível de 35% no fim do terceiro trimestre. O limite é exigido pelas agências de classificação de risco em companhias com grau de investimento.

A projeção, de analistas que acompanham a petroleira, sinaliza que o atraso na capitalização deve ter impacto na estatal. À Petrobras restaria a alternativa de reduzir o ritmo de investimentos ou correr o risco de perder o grau de investimento.

O sinal de alerta foi ligado na sexta-feira, quando Gabrielli afirmou à imprensa que a Petrobraás precisará "reconsiderar" a proposta de capitalização, caso a crise na Europa venha a se aprofundar e atinja outros mercados. Sem a operação, o nível de endividamento líquido da Petrobras, medido pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, em 32% ao fim do primeiro trimestre de 2010, tende a manter a alta.

"Se a Petrobras continuar investindo neste ritmo, e se não houver a capitalização até lá, o nível de endividamento alcançará os 35% ao fim do terceiro trimestre deste ano", destaca o analista da Planner Corretora, Victor de Figueiredo.

Projeção semelhante é feita pelo analista do Banco do Brasil Investimentos (BBI), Nelson Rodrigues de Matos. "Se a dívida líquida da Petrobras tiver um adicional de R$ 12 bilhões, ou se a estatal 'queimar' esse montante, o nível de 35% será superado." Ao perder o grau de investimento, a Petrobras também perderia condições mais atrativas de crédito externo, situação desfavorável a uma empresa que deve enfrentar um longo período de investimentos no pré-sal.

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