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Empresas X tentam sair de recuperação

A OGX era a principal companhia do grupo EBX e sua crise levou o grupo à bancarrota

Eike Batista: companhias pertenciam ao antigo Império X, do empresário (foto/Reuters)

Eike Batista: companhias pertenciam ao antigo Império X, do empresário (foto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de junho de 2017 às 11h13.

São Paulo - As ações da OGX e OGPar dispararam nesta sexta-feira, 2, na B3, novo nome da bolsa paulista, após as companhias, que pertenciam ao antigo Império X, do empresário Eike Batista, pedirem o fim do processo de recuperação judicial, por terem cumprido todas as obrigações.

Os papéis da OGX ON fecharam com valorização de 34,69%, a R$ 1,32, e os da OGPar ON avançaram 55,74%, a R$ 4,75. As empresas ingressaram, junto ao juízo da 4.ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, com pedido de encerramento do processo de recuperação judicial.

A OGX era a principal companhia do grupo EBX e sua crise, após vir à tona que as reservas de petróleo estavam abaixo do esperado, levou o grupo à bancarrota.

O atual controlador das empresas é o fundo soberano árabe Mubadala, de Abu Dabi, que também ficou com outros negócios criados pelo empresário.

Proteção à Justiça

Em 30 de outubro de 2013, as companhias entraram com pedido de recuperação judicial, apresentando dívidas superiores a R$ 13,8 bilhões. Seus planos foram submetidos à apreciação dos credores em junho de 2014 e aprovados pela maioria, representando mais de 90% dos créditos listados.

A OGX abriu seu capital em outubro de 2010, levantando R$ 6,7 bilhões, à época considerado o maior IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) da história do País.

Segundo o comunicado divulgado nesta sexta-feira, 2, ao mercado, as companhias entendem que não existem pendências e obstáculos legais ou processuais que possam impedir o encerramento da recuperação judicial.

Prisão

Eike Batista tornou-se acionista minoritário da OGX e repassou suas outras empresas aos credores. Em janeiro deste ano, o empresário foi preso e ficou quatro meses em Bangu, quando foi deflagrada a operação Eficiência, um desdobramento da Calicute, braço da Lava Jato, que investiga crimes de lavagem de dinheiro. O empresário é acusado de ter participado de esquema de propinas que também levou o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, à prisão.

O empresário tinha planos de voltar aos negócios, com o lançamento de uma pasta de dente, e tinha outros projetos engatilhados. Com seu nome envolvido na Lava Jato, agora tenta se desvincular das acusações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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