Home office: prática geraria economia total de US$ 700 bilhões por ano para os Estados Unidos (Thinkstock)
Luísa Melo
Publicado em 25 de julho de 2014 às 12h46.
São Paulo - Nos Estados Unidos, 50% dos profissionais ocupam cargos já compatíveis com o home office e 79% deles querem trabalhar de casa. Se todas essas pessoas realmente aderissem ao trabalho remoto por apenas meio período, as empresas do país, juntas, conseguiriam poupar 500 bilhões de dólares por ano.
Os dados são da consultoria Global Place Analytics e foram obtidos por meio da ferramenta "Workplace Savings Calculators" (ou calculadora de poupança para o ambiente de trabalho), que possibilita estimar os gastos que companhias, governos e sociedade têm quando adotam determinados modelo de trabalho.
Para isso, são cruzadas informações de mais de 4 mil estudos de caso, pesquisas, documentos governamentais e livros.
Segundo a consultoria, a economia bilionária para as empresas viria do menor uso de instalações imobiliárias, eletricidade, e menores gastos com absenteísmo e rotatividade de pessoal. Esse custos chegam a 11.000 dólares por cada funcionário, anualmente.
Além disso, a prática do home office proporcionaria um aumento de produtividade anual de 5 milhões de dólares por pessoa (ou 270 bilhões de dólares, no total).
A Global Place Analytics ressalta ainda que as corporações teriam redução de gastos com serviços de limpeza, segurança, manutenção, papel, água e café, aluguel de estacionamento, subsídio para transporte, equipamentos, móveis e materiais de escritório.
Para os empregados e para o país
O levantamento aponta também que quem opta por trabalhar de casa ganha de duas a três semanas de tempo livre durante o ano e economiza entre 2.000 e 7.000 dólares com transporte e outros custos no período.
Se todas os norte-americanos aptos ao home office aderissem esse modelo, os Estados Unidos também deixariam de emitir, anualmente, 54 milhões de toneladas de gases que provocam o efeito estufa devido à retirada de quase 10 milhões de carros das ruas.
O desgaste das estradas também seria reduzido e acidentes de trânsito envolvendo quase 90.000 pessoas seriam evitados, o que geraria uma economia de mais de 10 milhões de dólares.
Além disso, 640 milhões de barris de petróleo avaliados em mais de 64 bilhões de dólares deixariam de ser consumidos.
No total, segundo a consultoria, o país pouparia cerca de 700 bilhões de dólares por ano.