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Empresas adoram a diversidade, desde que não precisem revelá-la

Um estudo descobriu que apenas 13 por cento das empresas do S&P 500 divulgaram informações sobre diversidade de gênero e raça, no ano passado

Empresas: as empresas com uma equidade de gênero acima da média são 15 por cento mais propensas a superar o desempenho dos mercados (iStock/Thinkstock)

Empresas: as empresas com uma equidade de gênero acima da média são 15 por cento mais propensas a superar o desempenho dos mercados (iStock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 11h46.

A maioria das grandes empresas afirma que a diversidade racial e de gênero são fatores fundamentais na escolha de um novo diretor. Menos da metade está disposta a mostrar se está tendo sucesso nisso.

Cerca de 45 por cento das empresas revelam o gênero de diretores, e cerca de 40 por cento revelam a raça ou etnia, de acordo com uma análise detalhada, realizada pela Equilar, de documentos regulatórios de 500 das maiores empresas de capital aberto negociadas nos EUA.

Isso é menos do que a proporção, de mais de 60 por cento, que afirma que cada um desses fatores é importante na escolha de membros do conselho, de acordo com o estudo divulgado nesta quarta-feira.

“Não existe um padrão” no modo em que as empresas divulgam essas informações, disse Matthew Goforth, assessor sênior de governança da Equilar e um dos autores do estudo. “Mas, se houvesse, isso aumentaria a pressão para que os conselhos se diversificassem caso fossem percebidos como menos diversificados.”

Investidores institucionais, como State Street Global Advisors e BlackRock, estão pressionando os conselhos para adicionar mulheres como diretoras e estão mais propensos que antigamente a apoiar as propostas dos acionistas que exigem uma melhor divulgação da diversidade.

Diante da falta de requisitos federais, como a exigência de divulgar a remuneração da diretoria, a forma como as empresas apresentam essas informações varia amplamente.

As mulheres perderam terreno em novas cadeiras no conselho pela primeira vez em oito anos no ano passado, quando assumiram pouco menos de 28 por cento dos 431 lugares abertos no conselho de empresas Fortune 500, de acordo com a firma de recrutamento de executivos Heidrick & Struggles.

O número de pessoas não brancas nomeadas como diretores caiu em 2016, e a taxa de minorias atuantes nos conselhos quase não variou na última década, de acordo com a empresa de recrutamento de executivos Spencer Stuart.

O desejo de mais informações expõe algumas das dificuldades para apresentá-las, disse Goforth. O gênero é mais evidente do que a raça, o que muitas vezes exige que o diretor identifique a si mesmo, disse ele.

Uma simples foto pode permitir que um investidor identifique o gênero, mas pode ser menos confiável para a raça ou etnia, disse Goforth. Além disso, em diferentes países, a diversidade racial e étnica tem diferentes significados que o gênero não tem, disse ele.

Algumas empresas revelam a diversidade geral de seu conselho, enquanto outras fornecem informações de cada diretor individualmente, segundo a Equilar. Frequentemente a informação é divulgada em uma tabela ou em um gráfico, o que torna mais difícil encontrá-la com pesquisas por palavras-chave.

Usando uma pesquisa do tipo no ano passado, um estudo da Equilar descobriu que apenas 13 por cento das empresas do S&P 500 divulgaram informações sobre diversidade de forma evidente no texto.

Há cada vez mais evidências de que a diversidade leva a um retorno financeiro melhor, e os investidores estão defendendo os argumentos da perspectiva comercial, disse Goforth.

Em um estudo de 2015, a McKinsey concluiu que as empresas com uma equidade de gênero acima da média são 15 por cento mais propensas a superar o desempenho dos mercados do que aquelas que ficam na média.

No ano passado, um relatório do Credit Suisse determinou que as empresas com uma força de trabalho mais diversificada dão retornos maiores aos investidores.

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