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Empresa de Palocci diz que prestou serviço ao Pão de Açúcar

No período abrangido pela auditoria, o Grupo Pão de Açúcar anunciou a aquisição da rede de varejo de móveis e eletrodomésticos Casas Bahia


	Antonio Palocci: os advogados de Palocci e do escritório de Thomas Bastos disseram que os pagamentos foram feitos pelo Grupo Pão de Açúcar
 (Wikimedia Commons)

Antonio Palocci: os advogados de Palocci e do escritório de Thomas Bastos disseram que os pagamentos foram feitos pelo Grupo Pão de Açúcar (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 11h09.

São Paulo - A empresa de consultoria do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, a Projeto Consultoria Financeira, firmou contrato com escritório de advocacia de Márcio Thomas Bastos para em conjunto prestar serviços às negociações que o Grupo Pão de Açúcar realizou para a fusão com as Casas Bahia, disse nesta quarta-feira a assessoria de imprensa do ex-ministro.

"Os serviços da Projeto foram prestados ao escritório e encerrados no ano de 2010, após definidas as condições finais da fusão entre GPA e Casas Bahia", disse a assessoria do ex-ministro e da Projeto Consultoria Financeira em nota.

"Não cabe à Projeto se pronunciar sobre os registros internos do Grupo Pão de Açúcar acerca desses serviços."

A Projeto assinou ainda outro contrato, este diretamente com o Grupo Pão de Açúcar, que previa remuneração em função do resultado positivo da negociação para a aquisição de uma empresa do segmento de varejo alimentício, afirmou a nota da consultoria. Os serviços foram prestados regulamente, mas como não houve sucesso dessa aquisição, não houve pagamento, acrescentou.

Na terça-feira, o Grupo Pão de Açúcar informou que um comitê de auditoria da empresa não encontrou evidências de prestação de serviços relacionados a pagamentos de 8 milhões de reais feitos ao escritório de advocacia de Márcio Thomaz Bastos entre dezembro de 2009 e maio de 2011.

A companhia controlada pelo grupo francês Casino afirmou que os pagamentos totais ao escritório do ex-ministro da Justiça, que morreu em novembro de 2014, somaram 8,5 milhões de reais.

Desse valor, apenas 500 mil reais corresponderam a serviços cuja execução foi "possível confirmar, na área de atuação daquele escritório de advocacia".

A auditoria foi disparada por reportagem da revista Época publicada em abril deste ano afirmando que o escritório de Thomaz Bastos pagou 3,5 milhões de reais à empresa de consultoria de Palocci.

Segundo a reportagem, os advogados de Palocci e do escritório de Thomas Bastos disseram que os pagamentos foram feitos pelo Grupo Pão de Açúcar.

No período abrangido pela auditoria, o Grupo Pão de Açúcar anunciou a aquisição da rede de varejo de móveis e eletrodomésticos Casas Bahia e fez uma oferta de fusão com a rede de supermercados Carrefour no Brasil, que acabou não sendo bem sucedida.

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