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Empresa chinesa corta salário de quem não assiste telejornal

Para a empresa, ver o noticiário é necessário para que os funcionários conheçam a situação do país e com isso as oportunidades de negócio que se apresentam

China: a direção da empresa corta 100 iuanes (cerca de US$ 15) por dia, caso um funcionário não acate a ordem (Feng Li/Getty Images)

China: a direção da empresa corta 100 iuanes (cerca de US$ 15) por dia, caso um funcionário não acate a ordem (Feng Li/Getty Images)

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EFE

Publicado em 5 de maio de 2017 às 07h44.

Pequim - Uma empresa chinesa, aparentemente preocupada que seus funcionários estejam bem informados, começou a obriga-los a diariamente assistirem o telejornal, caso contrário sofrerão cortes em seus salários, de acordo publicou nesta sexta-feira o jornal "South China Morning Post".

A insólita medida foi tomada em uma empresa farmacêutica de Zhengzhou, capital da província de Henan, onde os funcionários se reúnem para ver o telejornal do meio-dia e, além disso, comentam sobre seu conteúdo.

A direção da empresa corta 100 iuanes (cerca de US$ 15) por dia, caso um funcionário não acate a ordem, afirmou o jornal.

Segundo o comunicado onde a farmacêutica anunciava a medida, adotada no início desta semana, ver o noticiário é necessário para que a empresa conheça a situação do país e com isso as oportunidades de negócio que se apresentam ou a evolução do setor médico nacional.

Aparentemente, a obrigação de ver o telejornal também é uma espécie de castigo aos trabalhadores, pois no mês passado eles não estavam informados sobre o lançamento em Xiongan, nos arredores de Pequim, de um gigantesco projeto imobiliário em que a empresa teria queria investir.

"Agora você perdeu a oportunidade de investir em Xiongan, se não pode recarregar as baterias vendo o telejornal, vai perder todo o mundo", diz o comunicado da empresa.

O lançamento de Xiongan foi anunciado em publicações chinesas, no início do mês passado, milhares de empresas do país investiram nesta área, diante da especulação de que se transforme em uma das mais caras do país, desatando uma bolha detida pelo governo chinês, dando limites a esses investimentos.

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