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Empresa aérea da Noruega pede falência de filiais por crise da covid-19

A falência dessas filiais, que reúnem grande parte do pessoal da empresa, deixará 1.571 pilotos e 3.134 tripulantes desempregados

Norwegian Air Shuttle: a empresa já acumulava prejuízos antes mesmo do coronavírus (AFP/AFP)

Norwegian Air Shuttle: a empresa já acumulava prejuízos antes mesmo do coronavírus (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 20 de abril de 2020 às 10h08.

Em apuros financeiros, a companhia aérea de baixo custo Norwegian Air Shuttle - anunciou nesta segunda-feira (20) a falência de quatro filiais na Suécia e na Dinamarca, uma decisão que afetará cerca de 4.700 pilotos e tripulantes.

A falência dessas filiais, que reúnem grande parte do pessoal da empresa, deixará 1.571 pilotos e 3.134 tripulantes desempregados na Suécia, Dinamarca, Finlândia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

"O impacto que o coronavírus teve no setor de companhias aéreas é sem precedentes", afirmou seu diretor-geral, Jacob Schram, em um comunicado.

"Fizemos o possível para evitar essa decisão de último recurso e pedimos acesso à assistência do governo na Suécia e na Dinamarca", acrescentou.

Acumulando prejuízos antes mesmo do surgimento do novo coronavírus, a Norwegian foi, assim como o restante da indústria aérea, atingida com força pela queda na demanda ligada à pandemia.

 

Com uma dívida colossal, a empresa - uma das pioneiras no transporte de longo curso e baixo custo - está enfrentando problemas de fluxo de caixa, já que a maioria de seus aviões está atualmente em solo.

A companhia explicou o pedido de falência de suas filiais na Suécia e na Dinamarca pela ausência de um mecanismo efetivo de desemprego parcial nesses países.

Os cerca de 700 pilotos e 1.300 tripulantes da Noruega, da França e da Itália não serão afetados.

O destino da terceira low cost europeia está em grande parte nas mãos de seus credores. A Norwegian ofereceu a eles uma conversão - total, ou parcial - de dívidas e de compromissos financeiros em ações.

Uma assembleia geral extraordinária deve decidir sobre este ponto em 4 de maio.

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