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Embraer vê jato E195-E2 voando até junho deste ano

Cronograma original projetava o lançamento no primeiro semestre de 2017 e o primeiro voo na segunda metade do ano

Embraer: rápido desenvolvimento da linha de jatos reforçou esperanças para novas vendas na maior divisão da companhia (Matthew Lloyd/Bloomberg)

Embraer: rápido desenvolvimento da linha de jatos reforçou esperanças para novas vendas na maior divisão da companhia (Matthew Lloyd/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 7 de março de 2017 às 08h56.

São Paulo - A Embraer está a caminho de colocar seu jato comercial E195-E2 da próxima geração voando até junho, após o lançamento antes do esperado do primeiro protótipo do modelo, previsto para terça-feira, disse à Reuters um executivo da fabricante brasileira de aviões.

O cronograma original da Embraer para a aeronave projetava o lançamento no primeiro semestre de 2017 e o primeiro voo na segunda metade do ano, disse o chefe de aviação comercial da companhia, John Slattery.

"Dada a nossa trajetória atual ... ficaria surpreso se demorasse até a segunda metade deste ano para o protótipo voar", disse o executivo, em entrevista antes do lançamento com milhares de funcionários no Brasil. "Eu espero que vamos voar antes do cronograma."

O rápido desenvolvimento da remodelada linha regional do jato da Embraer, que Slattery disse estar no orçamento e em linha com especificações de desempenho, reforçou esperanças para novas vendas na maior divisão da companhia.

Slattery afirmou que a melhora de capacidade, escala, custos de manutenção e eficiência de combustível para o novo E195 tinha despertado o interesse de operadores europeus atuais e de empresas de baixo custo ao redor do mundo, especialmente no Sudeste Asiático.

Isso poderia impulsionar a carteira de pedidos firmes para o novo jato, que atualmente é composta por duas empresas de leasing e duas companhias aéreas: a brasileira Azul Linhas Aéreas e a companhia indiana de baixo custo Air Costa Aviation.

A Air Costa suspendeu voos na semana passada e parou de receber reservas depois de não ter feito pagamentos de locação de aeronaves, de acordo com a publicação de notícias de negócios Mint. Os assessores de imprensa da companhia aérea não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

Slattery disse que está seguindo de perto a situação da Air Costa e que as suas encomendas permanecem na carteira de pedidos da Embraer, acrescentando que estava previsto a companhia aérea receber um número de jatos próximo de "na parte inferior de um dígito único em uma base anual".

"Nenhuma empresa sozinha da carteira de pedidos afetaria nosso cronograma de produção", disse Slattery, se negando a comentar mais sobre as implicações da saúde financeira da Air Costa.

No Brasil, onde as companhias aéreas cortaram voos em uma profunda recessão, Slattery disse que estava "começando a ver sinais de recuperação".

Slattery disse que o mercado mexicano também está mostrando-se robusto e reforçou uma perspectiva otimista para novas regras chinesas, que poderiam disparar uma série de ordens de companhias aéreas regionais.

Na Europa, onde os operadores de E-Jets da Embraer incluem a Air France KLM, a Lufthansa e a LOT Polish, Slattery disse que esperava "muita" atividade de vendas no segundo semestre de 2017, com as companhias buscando renovar suas frotas.

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