Negócios

Sindicatos pedirão suspensão de acordo entre Boeing e Embraer

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a assembleia dos acionistas "ocorreu em ambiente irregular"

Linha de montagem da Embraer (GERMANO LUDERS) (GERMANO LUDERS/Exame)

Linha de montagem da Embraer (GERMANO LUDERS) (GERMANO LUDERS/Exame)

R

Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 14h21.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 14h22.

SÃO PAULO (Reuters) - Sindicatos de metalúrgicos da Embraer em São Paulo vão pedir suspensão do aval para venda do controle da divisãoaviação comercial da empresa para a Boeing, decidida em assembleia de acionistas da companhia nesta terça-feira.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a assembleia "ocorreu em ambiente irregular" após a presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª região, Terezinha Cazerta, ter derrubado durante a madrugada liminar que impedia a realização da reunião dos acionistas da Embraer.

"A juíza chamou para si uma decisão que obrigatoriamente deveria ser tomada pelo desembargador Souza Ribeiro, que já havia sido sorteado para julgar o caso Boeing-Embraer", afirmou o sindicato em comunicado à imprensa.

"A medida adotada pela juíza é inconstitucional. Com base nesse fato, os sindicatos pedirão a suspensão dos efeitos da AGE", acrescentou a entidade.

A assembleia, segundo a Embraer, teve participação de donos de cerca de 67 por cento das ações em circulação da empresa, das quais 96,8 por cento foram favoráveis ao negócio.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Acompanhe tudo sobre:BoeingEmbraersao-paulo

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades