Negócios

Embraer quer dobrar a participação de serviços aéreos

A Embraer entregou 66 por cento dos jatos regionais em todo o mundo em 2011, mais de duas vezes do que a canadense Bombardier


	Avião modelo 190, da Embraer: objetivo é expandir o foco da unidade de substituição de peças de emergência para treinamentos de maior valor e de engenharia para operações de voo
 (Divulgação/Embraer)

Avião modelo 190, da Embraer: objetivo é expandir o foco da unidade de substituição de peças de emergência para treinamentos de maior valor e de engenharia para operações de voo (Divulgação/Embraer)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 12h58.

São José dos Campos - A Embraer, a maior fabricante de jatos regionais do mundo, anunciou um novo centro de suporte nesta segunda-feira, investindo em serviços para impulsionar a fidelidade dos clientes em um mercado com agressivos novos entrantes.

Ao agilizar os serviços por meio de um centro de apoio 24 horas, a Embraer tem como objetivo expandir o foco da unidade de substituição de peças de emergência para treinamentos de maior valor e de engenharia para operações de voo.

O centro é parte do plano para dobrar a participação de serviços na receita de jatos regionais da Embraer em cinco anos, disse em entrevista o vice-presidente de serviços e suporte para aviação comercial, Hamilton Lima. Os serviços representaram cerca de 10 por cento das receitas de jatos comerciais em 2010 e em 2011.

Além de um impulso de curto prazo para a receita, o foco em serviços pretende a manter a fidelidade do cliente frente à chegada de concorrentes como a Sukhoi, da Rússia, e a japonesa Mitsubishi Aircraft, uma unidade da Mitsubishi Heavy Industries. Ambas estão lançandos jatos comerciais no segmento de 70 e 120 assentos.

"Este mercado irá se tornar mais e mais competitivo. Haverá novos entrantes nos próximos anos", disse Lima. "Queremos consolidar nossa posição como número 1 em receita no segmento".


A Embraer entregou 66 por cento dos jatos regionais em todo o mundo em 2011, mais de duas vezes do que a canadense Bombardier.

Mas uma frágil economia global desacelerou as encomendas de jatos regionais e o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado disse em julho que começou a ver pressão para baixar preços como resultado de uma competição maior.

A ênfase nos serviços ao consumidor na aviação comercial acompanha uma mudança similar na aviação executiva, na qual a Embraer investiu em treinamento de pilotos e suporte para manter sua participação em um fraco mercado de jatos privados.

Lima disse que a fabricante de jatos também está tentando explorar a demanda por serviços aéreos mais sofisticados, como a otimização de trajetos de voos para eficiência de combustível.

Enquanto há 29 centros de serviços em todo o mundo de jatos regionais da Embraer, Lima vê o centro de São José dos Campos como o centro princpal das operações globais, seguindo as necessidades de cada companhia aérea e sugerindo serviços de valor agregado.

"Eu quero ter a Amazon como referência", disse Lima, maravilhado com perfil de cliente da varejista online. "Você compra uma chupeta e a próxima coisa que você fica sabendo é que eles estão vendendo roupas de bebê e livros especiais para pais".

A Embraer consolidou 100 funcionários no centro, que foi divulgado nesta segunda-feira em uma conferência de companhias aéreas que operam jatos comerciais da Embraer em Paris. A empresa não revelou o investimento total.

Até março, Lima disse que até março o centro deve empregar a 200 pessoas. Os funcionários adicionais vão trabalhar com fornecedores da Embraer para acelerar os diagnósticos e tempo de resposta para os jatos em terra.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoBombardierEmbraerEmpresasEmpresas abertasempresas-de-tecnologiaSetor de transporte

Mais de Negócios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira