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Embraer não teve cancelamento de pedidos com crise

Segundo o vice-presidente operacional, a empresa não sofreu diminuição de pedidos com a crise econômica internacional

A fabricante está negociando com a sua parceira chinesa, a Aviation Industries of China, para começar a montagem do Legacy na China (Germano Lüders/EXAME.com)

A fabricante está negociando com a sua parceira chinesa, a Aviation Industries of China, para começar a montagem do Legacy na China (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 14h11.

São Paulo - O vice-presidente de Operações de Aviação Executiva da Embraer, Marco Túlio Pellegrini, disse hoje, durante coletiva de imprensa em São Paulo, que a companhia não recebeu nenhum cancelamento de pedidos por conta da crise, que passou a gerar mais preocupações desde a última sexta-feira com o rebaixamento da o rating do crédito dos Estados Unidos.

O executivo afirmou que nesse momento ainda é difícil estabelecer quais serão os impactos no mercado de aviação. Pellegrini disse, no entanto, que mesmo com crise, os Estados Unidos deverão continuar respondendo por grande parte dos volumes de aviões executivos em todo o mundo. "O jato executivo está relacionado diretamente com a economia. Se a economia está saudável, o setor de jatos executivos vai estar saudável. Se tiver uma turbulência, o setor também passará por isso", destacou.

De acordo com Pellegrini, os eventuais efeitos da crise não são imediatos. "Ainda é preciso entender a dinâmica dessa crise e é difícil fazer previsões", disse.

China

Pellegrini também disse hoje que a companhia já está negociando com clientes chineses a venda de jatos executivos. No entanto, ele não quis dar uma projeção de quando o pedido deve ser fechado.

O vice-presidente de Operações de Aviação Executiva da Embraer afirmou, ainda, que apesar das restrições que são impostas na China, "faz toda a lógica que a companhia esteja presente no país. Segundo ele, o potencial do mercado chinês para a aviação executiva em geral é de uma receita de US$ 14 bilhões no período entre 2011 e 2020. Para o Brasil essa mesma expectativa para o período é de US$ 6 bilhões.

"A China tem crescido, tem uma classe média de centenas de milhões de pessoas e é natural haver uma demanda reprimida. É importante estar presente. Hoje há uma restrição, mas é importante estar nesse mercado", disse o executivo. "Esse mercado tem as suas barreiras mas em algum momento vai deixar de existir. Faz todo o sentido entrar em um segmento não atendido por ninguém", disse.

O executivo afirmou que, nesse momento, a fabricante está negociando com a sua parceira chinesa, a Aviation Industries of China (Avic), para começar a montagem do Legacy no país. "Vamos trabalhar para ser o mais rápido possível", disse. Pellegrini destacou que a unidade da Embraer na China tem 200 funcionários e que a empresa não está prevendo "diminuir ou aumentar" essa estrutura. O executivo da Embraer destacou que para a produção do Legacy será utilizada a mesma estrutura antes usada para o ERJ-145.

No ano passado a Embraer chegou a optar pelo fechamento da fábrica chinesa, devido aos planos chineses de produzir seus próprios aviões e não querer a Embraer como concorrente. No entanto, o governo brasileiro chegou a um acordo com o governo chinês para a produção do jato executivo Legacy 650.

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