A-29 Super Tucano, fabricada pela Embraer: a aeronave recebeu cinco encomendas da força aérea da República de Gana no Salão de Paris (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 08h32.
São Paulo - A Embraer Defesa & Segurança, de São José dos Campos, anunciou, na quinta-feira, 18, em Paris, a venda de cinco A-29 Super Tucano para a força aérea da República do Gana, na África Ocidental. O valor do contrato inicial não foi revelado, todavia é estimado em cerca de US$ 100 milhões.
O pacote completo negociado envolve um amplo apoio logístico, mais sistemas de treinamento de pilotos e de pessoal de terra. A aviação ganesa terá condições para operar de forma autônoma o A-29, disse o presidente da empresa, Jackson Schneider, durante o Salão de Aeronáutica e Espaço de Paris.
Gana é a quinta nação da África a escolher o turboélice brasileiro para as missões de vigilância de fronteiras, ataque ao solo, suporte de tropa em combate e instrução avançada de oficiais.
Na semana passada, também na feira de Le Bourget, a República do Mali confirmou a aquisição de seis aeronaves; encomenda de US$ 110 milhões. Angola, Mauritânia e Burkina Fasso usam o ágil A-29. No mundo todo, 12 forças são usuárias do produto brasileiro.
A carteira de encomendas firmes supera 210 unidades. O Super Tucano permite 130 diferentes combinações de armas. Em dez anos de operação essa frota acumula 230,5 mil horas de voo, das quais, 30 mil horas em ação de combate.
Durante o Salão de Paris a Embraer assinou acordo com a chinesa Guizhou Airlines para fornecimento de até 17 jatos E-190. O valor total da transação supera US$ 834 milhões caso todas as opções venham a ser exercidas. O primeiro E-190 da transportadora será entregue até o fim do ano.
No dia 15, a companhia americana Aircastle formalizou a incorporação de 25 novas aeronaves da próxima geração de produtos civis da Embraer, E-Jet2. Serão 15 modelos E-190 e 10 da série E-195. A mesma compradora garantiu direitos sobre um segundo lote do mesmo tamanho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.