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Embraer está aberta a novas parcerias após fracasso de acordo com Boeing

Presidente-executivo da Embraer afirmou que as parcerias estratégicas podem envolver produtos, engenharia e produção de países como a China e a Índia

Embraer: presidente-executivo afirmou que ainda é cedo para discutir novas parcerias (Germano Lüders/Exame)

Embraer: presidente-executivo afirmou que ainda é cedo para discutir novas parcerias (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 2 de junho de 2020 às 06h38.

Última atualização em 2 de junho de 2020 às 06h40.

A Embraer espera assinar novas parcerias estratégicas no futuro depois que a Boeing repentinamente cancelou em abril um acordo para assumir o controle da divisão de jatos comerciais da empresa.

O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que ainda é cedo para discutir essas oportunidades, pois a empresa está estudando um novo plano de cinco anos. Ele acrescentou que as parcerias estratégicas podem envolver produtos, engenharia e produção e países como China, Índia "e outros".

A Reuters informou na sexta-feira que China, Rússia e Índia estavam sondando a Embraer e estudando possíveis acordos, embora qualquer negociação seja preliminar.

Mais cedo, a Embraer informou, porém, que atualmente não está negociando com a estatal COMAC da China, a Irkut da Rússia ou a Índia sobre qualquer possível acordo para substituir a transação da Boeing.

A empresa reportou nesta segunda-feira prejuízo de 433,6 milhões de reais no primeiro trimestre, com queda de vendas em razão da pandemia do novo coronavírus, além de reflexos do fracasso do acordo com a Boeing.

 

Embraer

A empresa disse que sua decisão de colocar funcionários em férias remuneradas em janeiro para finalizar os detalhes do acordo com a Boeing foi responsável por uma queda de 23% na receita. Em março, a Embraer novamente afastou os trabalhadores devido à pandemia de coronavírus.

Os executivos se recusaram a comentar um processo de arbitragem contra a Boeing devido ao cancelamento do negócio.

Mas a empresa disse que espera se recuperar de custos tributários da Boeing relacionados ao acordo que afetaram negativamente seus resultados trimestrais.

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