(Roosevelt Cassio/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de novembro de 2020 às 10h34.
A Embraer e a EDP Brasil anunciaram nesta sexta-feira (20) parceria para pesquisa de avião elétrico, com a empresa do setor de energia realizando um aporte para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica. O protótipo, que usa um EMB-203 Ipanema como plataforma de testes, já está em desenvolvimento e tem o primeiro voo previsto para 2021.
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A parceria entre as empresas vai permitir investigar a aplicabilidade de baterias de alta tensão para o sistema de propulsão elétrico de um avião de pequeno porte, além de avaliar suas principais características de operação, como peso, eficiência e qualidade de energia, controle e gerenciamento térmico, ciclagem de carregamento, descarregamento e segurança de operação.
De acordo com a fabricante de aviões, esse acordo é uma continuação do projeto de eletrificação aeronáutica iniciado em maio de 2019, quando a Embraer entrou em cooperação com a Weg. Na parceria firmada com a EDP, o escopo é a pesquisa em torno do armazenamento de energia de alta tensão, complementando os estudos que já estão em andamento na Embraer.
As parcerias no âmbito de pesquisa e desenvolvimento buscam acelerar o conhecimento das tecnologias necessárias à utilização e integração de baterias e motores elétricos visando ao aumento da eficiência energética dos sistemas propulsivos das aeronaves.
"O histórico de realização de parcerias estratégicas por meio de mecanismos ágeis de cooperação faz da Embraer uma das empresas brasileiras que mais estimula redes globais de conhecimento que permitem um significativo aumento de competitividade do país", diz Luís Carlos Affonso, vice-presidente de engenharia e estratégia corporativa.
"A parceria com a Embraer no desenvolvimento do seu primeiro avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica representa uma nova fronteira do nosso investimento em mobilidade elétrica, contribuindo para posicionar o Brasil como um player de ponta neste mercado", afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.