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Boeing comprará negócio de aviação comercial da Embraer por US$ 3,8 bi

Na joint-venture, a Boeing vai pagar 3,8 bilhões de dólares por 80% de participação no negócio de aviação comercial da Embraer

Avião da Embraer: empresa brasileira vai se unir à americana Boeing (Paulo Fridman/Bloomberg)

Avião da Embraer: empresa brasileira vai se unir à americana Boeing (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2018 às 08h49.

Última atualização em 5 de julho de 2018 às 11h17.

São Paulo  - A Embraer assinou memorando de entendimento com a Boeing para formação de joint-venture contemplando os negócios e serviços de aviação comercial da fabricante brasileira, informaram as companhias na manhã desta quinta-feira.

Pelos termos do acordo não vinculante, a Boeing deterá 80% da companhia resultante da transação, enquanto a Embraer ficará com os 20% restantes, de acordo com o comunicado.

A transação avalia a totalidade das operações de aviação comercial da Embraer em 4,75 bilhões de dólares, com a Boeing desembolsando 3,8 bilhões de dólares pelos 80% de participação no negócio, disseram as companhias.

Em documento enviado separadamente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a fabricante brasileira ressalta que as divisões de defesa & segurança e jatos executivos, dentre outras, não serão segregadas para nova sociedade e seguirão sendo desenvolvidas pela Embraer.

Além disso, as ações da Embraer continuarão listadas na bolsa paulista B3 e a União manterá os direitos decorrentes das golden shares na companhia.

A finalização dos detalhes financeiros e operacionais da parceria estratégica e a negociação dos acordos definitivos devem prosseguir nos próximos meses, mas a expectativa é que a transação seja fechada até o fim de 2019, caso as aprovações regulatórias e de acionistas ocorram no tempo previsto, disseram as empresas.

O comunicado conjunto ainda destaca que a operação não terá impacto nas projeções financeiras de Boeing e Embraer para 2018 nem no compromisso do grupo norte-americano de retornar cerca de 100% do fluxo de caixa livre aos acionistas.

A parceria deve ser contabilizada nos resultados da Boeing por ação, no início de 2020, gerando sinergia anual de custos estimada em cerca de 150 milhões de dólares -antes de impostos- até o terceiro ano.

"Esta importante parceria está claramente alinhada à estratégia de longo prazo da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e aceleram nossos planos de crescimento", disse Dennis Muilenburg, presidente da Boeing, no comunicado.

O acordo ainda prevê a criação de outra joint venture para promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para produtos e serviços de defesa, em especial o avião multimissão KC-390.

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