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Embraer: aviação comercial aumenta participação na receita no 2º trimestre

A fabricante atribui esse movimento ao fato de que a queda da receita desse segmento ocorreu "em ritmo menor" que na receita consolidada do trimestre

Embraer: a empresa manteve sua previsão de entregar, neste ano, de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos (70 a 80 jatos leves e 35 a 45 jatos grandes) (Denis Balibouse/Reuters)

Embraer: a empresa manteve sua previsão de entregar, neste ano, de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos (70 a 80 jatos leves e 35 a 45 jatos grandes) (Denis Balibouse/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2018 às 09h56.

São Paulo - Principal segmento da Embraer, a aviação comercial aumentou sua representatividade na receita líquida da companhia no segundo trimestre de 2018, respondendo por 60,5% do total, contra os 52,8% anotados um ano antes. A fabricante atribui esse movimento ao fato de que a queda da receita desse segmento ocorreu "em ritmo menor" que na receita consolidada do trimestre.

A divisão mostrou redução de sua receita no período, de R$ 3,009 bilhões para R$ 2,742 bilhões (-8,9%).

Já a aviação executiva mostrou um pequeno crescimento de participação nas receitas totais - para 16,9%, contra 16,0% reportados um ano antes -, apesar do menor número de entregas. A receita líquida do segmento atingiu R$ 765,2 milhões, 16,1% abaixo dos R$ 911,9 milhões no segundo trimestre de 2017.

O destaque negativo do trimestre ficou com a área de Defesa & Segurança, cuja fatia na receita da Embraer somou apenas 2,2% entre abril de junho, "muito abaixo dos 17,1% do segundo trimestre de 2017 em função da queda de 90% das receitas no período". A receita do segmento alcançou R$ 101,9 milhões no período, contra R$ 977,7 milhões no segundo trimestre do ano passado - cifra que havia sido positivamente impactada pelo lançamento do satélite SGDC em maio de 2017, lembra a Embraer.

Conforme a companhia, esse declínio resultou da revisão da base de custos no contrato de desenvolvimento do jato multimissão KC-390. Isso levou a um ajuste negativo, no trimestre, das receitas reconhecidas em períodos anteriores, já que os contratos desse segmento são geralmente contabilizados considerando-se o porcentual de conclusão do projeto.

Já a unidade de Serviços & Suporte teve receita de R$ 918,5 milhões entre abril e junho, um crescimento anual de 18%, representando participação de 20,3% na receita líquida da companhia (contra 13,7% vistos um ano antes).

Por fim, a linha "outros" teve receita de R$ 5,7 milhões no segundo trimestre, correspondendo a 0,1% da receita total da Embraer no período - no mesmo intervalo de 2017, a linha era responsável por 0,4% da receita, com R$ 22,6 milhões.

Conforme divulgado nesta terça-feira, 31 a receita líquida consolidada da Embraer atingiu R$ 4,533 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 20,5% na comparação anual devido ao menor número de entregas de aeronaves comerciais e executivas, bem como à significativa diminuição da receita de Defesa & Segurança.

Com relação às entregas, entre abril e junho de 2018, a Embraer entregou 28 aeronaves comerciais e 20 executivas, contra 35 aeronaves comerciais e 24 executivas entregues em igual período de 2017. Considerando todas as entregas e os pedidos firmes obtidos durante o período, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) da companhia fechou o trimestre em US$ 17,4 bilhões.

A Embraer manteve sua previsão de entregar, neste ano, de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos (70 a 80 jatos leves e 35 a 45 jatos grandes). Para aviação executiva, a fabricante diz esperar que, conforme a sazonalidade de anos anteriores, as entregas do segmento aumentem significativamente ao longo do quarto trimestre de 2018.

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