E-jets, da Embraer: a empresa também informou que projeta um crescimento do setor aéreo mundial de 5,2% por ano entre 2011 e 2030 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2011 às 11h46.
Le Bourget, França - A brasileira Embraer, terceira maior fabricante aeronáutica mundial, anunciou nesta segunda-feira ter recebido 39 novos pedidos da família de E-jets por um preço de catálogo de 1,7 bilhão de dólares, no primeiro dia do Salão Internacional da Aeronáutica de Le Bourget, na região de Paris.
Com este anúncio de compra, já são 99 os pedidos registrados pela Embraer desde o início do ano, informou o vice-presidente executivo de Negócio de Aviação Comercial do grupo, Paulo Cesar de Souza e Silva.
No total, a Embraer recebeu mais de 1.000 pedidos e 750 opções para seus E-Jets desde o início da comercialização em 2004, informou Souza. Sessenta companhias aéreas de 40 países já adquiriram o modelo.
"É realmente impressionante ver que alcançamos a marca de 1.000 pedidos apenas sete anos depois de nossa primeira entrega", celebrou o executivo.
Os E-Jets (E170, E175, E190 e E195) são bimotores com capacidade para 70 e 120 passageiros.
A Embraer também informou que projeta um crescimento do setor aéreo mundial de 5,2% por ano entre 2011 e 2030, principalmente graças aos países emergentes.
O crescimento será de 7,5% na China, 7,2% na América Latina, 6,9% no Oriente Médio, 5,9% na Comunidade de Estados Independentes (CEI, antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central) e de 5,5% na África.
Nas economias desenvolvidas, o crescimento pode alcançar 4,4% na Europa e 3,5% na América do Norte, segundo a empresa, que prevê uma demanda mundial total de 7.225 aviões entre 2011 e 2030.
As companhias que fizeram novos pedidos no Salão de Le Bourget são a indonésia Sriwijaya (20 E190 por 856 milhões de dólares) e a empresa do Cazaquistão Air Astana (2 E190 por 85,6 milhões), com duas opções que podem elevar o total do pedido em 171 milhões de dólares.
Além disso, a companhia Air Kenya assinou uma carta de intenções para 10 E190.
As empresas de aluguel Air Lease e GE Capital Aviation Services (GECAS) também anunciaram novos pedidos. A Air Lease assinou uma ordem de cinco novas aeronaves, elevando a 30 o número de aviões encomendados a Embraer em um ano (25 E190 e 5 E175), e a GECAS para dois E190. O valor dos dois contratos não foi divulgado.