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Em meio a polêmicas, Airbnb tem crescimento impressionante

O setor hoteleiro tem ficado incomodado com o crescimento da empresa, já que o Airbnb conta com aproximadamente de 2 milhões de anúncios em mais de 190 países


	Airbnb: o setor hoteleiro tem ficado incomodado com o crescimento da empresa, já que o Airbnb conta com aproximadamente de 2 milhões de anúncios em mais de 190 países
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Airbnb: o setor hoteleiro tem ficado incomodado com o crescimento da empresa, já que o Airbnb conta com aproximadamente de 2 milhões de anúncios em mais de 190 países (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 16h24.

Rio de Janeiro - Considerada uma das melhores empresas para se trabalhar no mundo, o Airbnb não para de crescer. Fundada em 2008 no Vale do Silício, a startup ganhou popularidade rapidamente entre os viajantes mundo afora. 

O setor hoteleiro tem ficado incomodado com o crescimento da empresa, já que o Airbnb conta com aproximadamente de 2 milhões de anúncios em mais de 190 países. E a startup agora quer mais. 

De olho em um nicho bastante rentável, o de viagens de negócios, a proposta é aproveitar o aumento da adesão de pessoas que se encaixam nessa categoria.

Segundo pesquisa da empresa Phocuswright, 31% dos viajantes que utilizaram os serviços do Airbnb estavam viajando a negócios. No mercado brasileiro, mais de 12% dos usuários utilizam a plataforma para viagens profissionais.

A falta de leitos em cidades turísticas e a atmosfera mais intimista que as hospedagens compartilhadas oferecem colaboraram para o sucesso da empresa.

Muitos hotéis, inclusive, já perceberam a demanda crescente por uma experiência diferenciada e têm investido em mudanças na decoração, infraestrutura e hospitalidade. 

Só que a empolgação com serviço também tem gerado disputas judiciais em diferentes cidades do mundo.

Todavia, não é suficiente para conter o crescimento do negócio muito menos diminuir as expectativas de investimentos e de uma possível abertura de capital (IPO) da empresa 

Polêmicas globalizadas

Apesar do entusiasmo dos usuários, a plataforma vem enfrentando resistências em cidades como Berlim e Nova York. Em Londres, por exemplo, inquilinos chegaram a ser impedidos de se cadastrarem no Airbnb sob o risco de serem despejados.

O estado de Nova York também travou uma batalha com a startup. Acaba de ser votada uma lei que proíbe a listagem de aluguéis de temporada com duração menor que 30 dias. 

Em São Francisco, nos EUA, entrou recentemente em vigor uma lei que exige cadastro de todos os anfitriões na Prefeitura. Caso o anunciante não esteja devidamente cadastrado, poderá haver multa de U$ 1.000 por dia à empresa.

O Airbnb entrou com processo contra a cidade sob a justificativa de que não pode ser responsabilizado pelo conteúdo postado por seus usuários. 

Em meio às controvérsias, o executivo do Airbnb Joe Gebbia entende que esses impasses poderão se desfazer a partir do momento em que os governos perceberem os benefícios que o site traz para a economia local. E um exemplo disso está aqui no Brasil.

O Airbnb é parceiro oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Desde a demanda por hospedagem na Copa do Mundo de 2014, a empresa teve o apoio do governo brasileiro.

Por aqui a lei do inquilinato não proíbe essa prática, entendida como sublocação, mas exige que o proprietário do imóvel esteja plenamente de acordo. 

Investimentos em alta

Apesar das rixas com governos e grandes grupos de hotelaria, o Airbnb continua crescendo de forma contundente e atraindo cada vez mais investimentos. De acordo com o Wall Street Journal, a empresa espera faturar U$10 bilhões em 2020.

A expansão para novos mercados, como China e mais recentemente Cuba, nos últimos dois anos vem rendendo bons frutos. Em dezembro de 2015, a startup recebeu uma nova rodada de investimentos no valor de US$ 1,5 bilhão.

Com isso seu valor de mercado chegou a US$ 25 bilhões, se equiparando a gigantes como Petrobras e Vale que já possuem décadas de fundação.

Em junho deste ano, o serviço de hospedagem adquiriu um financiamento de U$1 bilhão com um grupo de grandes bancos. Por causa disso, os rumores em relação ao processo de abertura de capital da empresa se intensificaram na Bolsa de Valores .

Isso porque a liberação de financiamentos por grandes bancos é vista no mercado financeiro como indicação de que uma startup de sucesso está à beira de um IPO. 

Contudo, quem quer investir em ações do Airbnb pode ser que tenha que esperar mais um pouco. Joe Gebbia já deu declarações recentes enfatizando a vontade de expandir os negócios, mas descartando a possibilidade de abertura de capital no momento.

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