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Metalúrgicos da GM têm audiência de conciliação na segunda

Em meio a onda de demissões, os metalúrgicos da GM da unidade de São José dos Campos marcam audiência de conciliação com os representantes da montadora

Fábrica da GM (Getty Images)

Fábrica da GM (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2015 às 14h19.

Em meio a demissões e protestos, metalúrgicos da unidade de São José dos Campos da General Motors e representantes da montadora reúnem-se em audiência de conciliação na tarde de segunda-feira (17), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas, interior paulista. Ontem (14), a GM anunciou, oficialmente, que demitiu 798 trabalhadores, no último dia 7.

De acordo com GM, após essa data não ocorreram mais cortes. A montadora justificou que a medida foi tomada por causa do desaquecimento das vendas no setor e o impacto sobre as atividades. Na segunda-feira (10), os mais de 5 mil metalúrgicos da unidade entraram em greve como forma de pressionar a empresa a rever os cortes e a reabrir negociações.

“A empresa já havia informado por diversas vezes que está passando por uma forte crise econômica e que o Complexo de São José dos Campos não está competitivo há algum tempo. As vendas caíram, os estoques estão altíssimos, temos uma fábrica de alto custo e estamos com excedente de pessoal”, informa o comunicado do sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Segundo o documento, a empresa alega enfrentar o pior momento da crise.

A montadora informa ainda que respeita o direito de greve, mas têm ocorrido excessos nos piquetes, impedindo a entrada de quem pretende trabalhar. Para a empresa, o sindicato está descumprindo determinando judicial ao barrar o acesso desses trabalhadores.

Também por meio de nota, o presidente do sindicato dos Metalúrgicos de são José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, repudiou as demissões e reafirmou o propósito de manter as manifestações.

"Temos a responsabilidade de unificar a luta com os trabalhadores das outras montadoras, contra as demissões e retirada de direitos. Vamos dizer não à redução de salários e sim à estabilidade no emprego. Se for pra cortar salário, que seja de quem está em Brasília", disse ele. Ontem, Macapá liderou uma passeata, na Rodovia Presidente Dutra, entre os quilômetros 145 e 146.

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