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Em maio, bolsas globais tiveram a maior saída de recursos desde 2013

Fluxos para bolsa ficaram, negativos em US$ 14,6 bilhões no mês

Fluxos para bolsa ficaram negativos em US$ 14,6 bilhões no mês (Shutterstock/Shutterstock)

Fluxos para bolsa ficaram negativos em US$ 14,6 bilhões no mês (Shutterstock/Shutterstock)

TL

Tais Laporta

Publicado em 3 de junho de 2019 às 19h32.

Após entradas líquidas em março e abril, o fluxo líquido de portfólio, destinado aos mercados financeiros, como bolsa de valores e títulos públicos, para mercados emergentes foi negativo em US$ 5,7 bilhões em maio, de acordo com relatório divulgado na sexta feira pelo Institute of International Finance (IIF).

Fatores com a intensificação de incertezas globais no período, em um contexto de escalada de tensões comerciais e geopolíticas, explicam esse movimento, principalmente no que se refere a fluxos para bolsa, negativo em US$ 14,6 bilhões no mês (R$ 56,94 bilhões). Foi a maior saída desde junho de 2013, pouco depois da sinalização do Federal Reserve, o banco central americano, de retirada de estímulos monetários dados para amenizar a crise financeira de 2008.

Na Bovespa, os investidores estrangeiros retiraram R$ 5,6 bilhões em maio, até dia 29, do mercado brasileiro de ações. No ano, a saída é de R$ 5,123 bilhões. Como os estrangeiros respondem por quase a metade, ou 46,5% dos negócios da bolsa no ano, uma saída dessas tem impacto nas cotações.

O movimento ocorreu de forma generalizada, mas com destaque para a China, cujas saídas representam cerca de metade desse fluxo em ações. Esse quadro possivelmente foi potencializado pela percepção de maior crescimento econômico a favor dos EUA, o que cria desafios relevantes para nações emergentes, principalmente no que tange à maior volatilidade das moedas, avalia o Departamento Econômico do Bradesco.

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