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Em crise, consumidor troca carro por roupa, diz Renner

A Renner quer atrair consumidores que deixam de comprar um carro ou um eletrodoméstico para comprar uma roupa


	A Renner quer atrair consumidores que deixam de comprar um carro ou um eletrodoméstico para comprar uma roupa
 (Germano Lüders / VOCÊ RH)

A Renner quer atrair consumidores que deixam de comprar um carro ou um eletrodoméstico para comprar uma roupa (Germano Lüders / VOCÊ RH)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 31 de julho de 2015 às 16h46.

São Paulo - A crise econômica não abalou os resultados da Renner, que apresentou lucro de 158,2 milhões de reais no segundo trimestre, avanço de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Pelo contrário, tem ajudado a varejista a negociar os aluguéis e com seus fornecedores, além de atrair mais consumidores.

Com a situação econômica instável, a empresa espera captar mais clientes que estão em busca de economizar seus gastos. “Há clientes que estão migrando de um consumo de roupas de preços mais elevados para a Renner”, afirmou José Galló, presidente da companhia.

Para ele, a Renner também atrai consumidores que deixam de comprar um carro ou um eletrodoméstico para comprar uma roupa. “O consumidor não vai deixar de comprar”, mesmo em ano de crise, afirmou.

Com a situação econômica instável, a Renner tem conseguido negociar aluguéis de suas lojas em shopping, tanto em lojas novas quanto nas já existentes, das marcas Camicado e Youcom. “Em lojas novas, estamos conseguindo negociações melhores”, disse o presidente.

Para se proteger do impacto das variações cambiais, todas as operações de 2015 até o primeiro semestre de 2016 estão com uma taxa cambial fixa e travada.

“Os preços do algodão e tecidos sintéticos também caíram, efeitos que ajudam a mitigar a alta do dólar”, afirmou Laurence Gomes, CFO e diretor de Relações com Investidores.

Além disso, a empresa ampliou o seu escritório na China, para ampliar os seus fornecedores no exterior. Com um volume maior de compras feitas no exterior, a companhia consegue ter mais força para negociar os preços. 

No caso de fornecedores locais, “o mercado doméstico mais fraco pode ajudar também a flexibilizar o custo de produtos nacionais”, afirmou o executivo.

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