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Em busca de rentabilidade, Correios fecharão 161 agências no Brasil

A estatal também lançou um plano de desligamento voluntário (PDV) no início do mês, com inscrições até julho, em que espera alcançar 7.300 funcionários

Os Correios têm cerca de 11 mil pontos de atendimento em todo o país (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Os Correios têm cerca de 11 mil pontos de atendimento em todo o país (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 21 de maio de 2019 às 14h46.

Os Correios buscam tornar a operação mais rentável e produtiva, depois de prejuízos bilionários durante a crise. Por isso, anunciaram o fechamento de 161 agências em todo o país até julho deste ano.

O atendimento deve ser absorvido por outras agências próximas, "sem prejuízo da continuidade e da oferta de serviços e produtos", afirma a estatal. A maior parte dessas unidades ocupam imóveis alugados e os funcionários devem ser transferidos para outras agências ou optar por mudar de atividade.

"A iniciativa visa, dentre outros objetivos, assegurar maior produtividade e garantir unidades rentáveis, sem comprometer, no entanto, a universalização dos serviços postais", diz a companhia em nota. Os Correios têm cerca de 11 mil pontos de atendimento em todo o país e estão presentes em mais de 5.500 municípios.

A empresa, que durante a crise de 2015 e 2016 acumulou prejuízos de 4 bilhões de reais, busca enxugar a operação. Em 2017 fechou 250 agências e, no ano passado, outras 41. A estatal também lançou um plano de desligamento voluntário (PDV) no início do mês, com inscrições até julho, em que espera alcançar 7.300 funcionários. 

Além dos Correios, outras seis empresas estatais tiveram as propostas de PDV aprovadas pelo Ministério da Economia, que devem resultar no desligamento de mais de 21 mil empregados e proporcionar economia de R$ 2,3 bilhões por ano.

Mais do que mudar o tamanho da operação, os Correios estudam transformar sua estrutura. O presidente Bolsonaro aprovou, em abril, um estudo para a privatização da companhia.

Já o Ministério da Ciência e Tecnologia, comandado por Marcos Pontes, tem defendido maior reflexão sobre a estratégia para as empresas que estão sob sua tutela, incluindo os Correios. Ele pede que a decisão seja baseada em fatos, números e um plano de negócios bem estruturado, que leve em conta as necessidades estratégicas do país, o retorno para o governo e principalmente a garantia dos direitos dos servidores.

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