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Em balanço pós-Galló, Renner mostra como vai transformação digital

Analistas esperam mais um balanço positivo da varejista; ações valorizaram 22% desde o começo do ano e quase 70% nos últimos doze meses

Renner: Apesar da lentidão na recuperação econômica, as receitas da companhia cresceram 18% (Kiko Ferrite/Site Exame)

Renner: Apesar da lentidão na recuperação econômica, as receitas da companhia cresceram 18% (Kiko Ferrite/Site Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2019 às 07h02.

Última atualização em 30 de julho de 2019 às 07h36.

Uma das estrelas da bolsa, a varejista Renner se prepara para uma nova fase de expansão, com crescimento internacional, diversificação de negócios e transformação digital. A companhia divulga hoje, 30, os resultados do segundo trimestre do ano após o fechamento do mercado.

A Renner foi um dos principais destaques no primeiro trimestre do ano, com lucro 45% maior. Apesar da lentidão na recuperação econômica, as receitas cresceram 18%, com crescimento na base de mesmas lojas de quase 13%, com estratégias acertadas nas coleções e na operação das lojas.

Para este trimestre, a tendência de números positivos deve se manter. “Esperamos que a Renner reporte o maior crescimento de vendas mesmas lojas da nossa cobertura (11,7%), apesar do cenário econômico desafiador”, afirma a XP Investimentos em relatório. “Esperamos que continue entregando bons números em 2019 e principalmente em 2020, como reflexo da expectativa de acertos de estratégias”, diz análise da Mirae Asset.

O otimismo dos investidores se reflete nas ações da companhia, que se valorizaram 22% desde o começo do ano e quase 70% nos últimos doze meses.

Apesar da onda de otimismo, a companhia tem desafios importantes pela frente. Um dos principais é a transformação digital, que se iniciou no ano passado. Mais de 550 lojas físicas foram conectadas ao e-commerce, produtos ganharam etiquetas eletrônicas e consumidores passaram a poder finalizar a compra através do tablet de vendedores.

Ainda que essencial, os investimentos em inovação podem comprometer o lucro da companhia. “Como a empresa está investindo mais na experiência de compra do consumidor e a participação nos lucros deve ser maior que no segundo trimestre de 2018, esperamos pressão na margem EBITDA do varejo de -1,5 pontos porcentuais”, escreve a XP.

Este também será o primeiro trimestre em que a companhia não esteve sob a liderança de José Galló, presidente da varejista por mais de 20 anos. Em abril, ele passou o bastão para o então diretor de produto Fabio Adegas Faccio e passou a ocupar a cadeira de diretor do conselho de administração.

Um dos mais emblemáticos executivos brasileiros, Galló levou a companhia a um lucro recorde de 1 bilhão de reais em 2018. Na última teleconferência a analistas, ele se despediu certo de que a companhia está pronta para um novo momento de crescimento, impulsionado pela transformação digital, expansão para novos mercados e diversificação, com foco nas marcas YouCom e Ashua.

Com a divulgação dos resultados, a companhia deve mostrar se essa nova fase já começou.

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