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Em 12h de Black Friday, varejo online perde ao menos R$ 5 mi, por instabilidade

O estudo demonstrou ainda que as lojas que enfrentaram problemas durante a abertura permaneceram com um tempo de carregamento alto na manhã da sexta-feira

Em razão da sobreposição da data de promoções com a Copa do Mundo, muitos varejistas anteciparam as promoções (DBenitostock/Getty Images)

Em razão da sobreposição da data de promoções com a Copa do Mundo, muitos varejistas anteciparam as promoções (DBenitostock/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de novembro de 2022 às 19h38.

O varejo online brasileiro registrou uma perda de R$ 5 milhões em faturamento nas primeiras 12 horas da Black Friday deste ano. O número é 39% menor do que o registrado no mesmo período em 2021. É o que mostrou o estudo realizado pela Sofist , empresa especializada em qualidade de software que analisou o desempenho de 146 e-commerces durante o evento.

Em razão da sobreposição da data de promoções com a Copa do Mundo, muitos varejistas anteciparam as promoções. Por conta disso, o número de acessos foi diluído ao longo das primeiras quatro horas. Das 22 horas da quinta-feira, 24, e 2 horas da sexta-feira, 25, o tempo médio de carregamento registrado entre os e-commerces monitorados foi de 3,4 segundos.

A loja mais rápida carregou, em média, em 0,5 segundo, enquanto a mais lenta apresentou uma média de 31,4 segundos. De acordo com o Google, o tempo de carregamento a partir de 1 segundo já faz com que o usuário perca o foco da tarefa que está realizando.

Dos 146 e-commerces acompanhados no período, 7 deles ficaram fora do ar em algum momento, atingindo um prejuízo de R$ 2.431.778,46 nessas primeiras horas do evento. Este dado é estimado com base no volume de acessos, ticket médio e taxa de conversão dos e-commerces no Brasil.

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Para o CEO da Sofist, Bruno Abreu, os dados não são motivo para comemoração. "A abertura da Black Friday neste ano foi muito tranquila. Quando olhamos para o número de acessos e o faturamento, percebemos que o evento não teve o impacto de vendas esperado pelos varejistas. Certamente, muitas lojas estavam preparadas para lidar com um grande número de acessos, mas a demanda não aconteceu", disse.

Já na análise feita no período entre às 22h da quinta-feira e às 10h da sexta-feira, os dados permaneceram consistentes. Nessas 12 horas seguidas, observou-se que o tempo médio de carregamento das lojas monitoradas foi de 3,4 segundos, 19% a menos que as 12 horas do mesmo período em 2021.

"Apenas 18 e-commerces tiveram tempo médio de carregamento acima de 5 segundos. Cinco segundos ainda não é o ideal, mas, comparando com 2021, observamos melhoria neste atributo", disse.

De acordo com Abreu, é esperado que ao longo da madrugada haja um período com menos fluxo. É justamente nesse momento que muitas lojas aproveitam para fazer ajustes de eventuais problemas encontrados durante a noite.

O estudo demonstrou ainda que as lojas que enfrentaram problemas durante a abertura permaneceram com um tempo de carregamento alto na manhã da sexta-feira. Um dos fatores que pode afetar o tempo de carregamento são integrações do e-commerce com sistemas de terceiros, ou até mesmo internos.

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