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Elliott avança contra administração da Vivendi na Telecom Italia

Elliott disse que a "pobre administração sob o conselho controlado pela Vivendi resultou em profundos problemas de governança corporativa

Telecom Italia: companhia perdeu mais de um terço de seu valor de mercado desde que o grupo francês Vivendi assumiu uma fatia inicial em meados de 2015 (Stefano Rellandini/File Photo/Reuters)

Telecom Italia: companhia perdeu mais de um terço de seu valor de mercado desde que o grupo francês Vivendi assumiu uma fatia inicial em meados de 2015 (Stefano Rellandini/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de março de 2018 às 17h26.

Milão - O fundo Elliott Advisors escreveu a outros acionistas da Telecom Italia para pedir um conselho de administração "realmente independente" para melhorar a governança, o desempenho e mudar a forma como a Vivendi tem conduzido a empresa italiana de telefonia.

O Elliott disse que a "pobre administração sob o conselho controlado pela Vivendi resultou em profundos problemas de governança corporativa, um desconto de valor e fracassos estratégicos".

A Telecom Italia perdeu mais de um terço de seu valor de mercado desde que o grupo francês Vivendi assumiu uma fatia inicial em meados de 2015 e foi aumentando seu controle sobre a maior empresa de telefonia da Itália.

A Vivendi eventualmente indicou dois terços de seu conselho e nomeou seu próprio presidente-executivo como presidente do conselho da Telecom Italia, aumentando as preocupações entre outros acionistas e políticos em Roma que consideram a empresa de importância estratégica nacional.

O Elliott já propôs remover alguns membros do conselho da Telecom Italia nomeados pela Vivendi, incluindo o presidente do conselho da empresa italiana e presidente-executivo da Vivendi, Arnaud de Puyfontaine, e substituí-los por executivos bem conhecidos nos negócios da Itália.

Uma reunião de acionistas para votar sobre o assunto está marcada para 24 de abril.

O Elliott, fundado pelo norte-americano Paul Singer, disse que agora detém mais de 3 por cento nas ações ordinárias da Telecom Italia, embora com outros instrumentos financeiros, sua participação supere 5 por cento.

Um porta-voz da Vivendi disse que o grupo francês vai examinar as declarações do Elliott com a cabeça aberta, "embora tendo em mente que (o Elliott) é bem conhecido por iniciativas de curto prazo".

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