Rio de Janeiro - A Eletropaulo, distribuidora de energia que atua no Estado de São Paulo, registrou prejuízo líquido de 73,3 milhões no quarto trimestre, afetado por amortização de passivo regulatório, informou a companhia nesta terça-feira.

No mesmo período do ano anterior, houve prejuízo líquido de 85,9 milhões de reais. Para o quarto trimestre de 2013, analistas ouvidos pela Reuters esperavam prejuízo de 130,8 milhões de reais.

De acordo com a companhia, o resultado foi afetado por 120,2 milhões de reais referentes a amortização do passivo regulatório formado em função da postergação, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de revisão tarifária.

O mercado total na área de concessão da AES Eletropaulo apresentou crescimento de 2,7 por cento em relação ao quarto trimestre de 2012, totalizando um volume de 11.836 GWh.

Contribuíram para esse desempenho o aumento de 4 por cento no consumo da classe comercial total e de 4,1 por cento da classe residencial total, disse a empresa.

Mas receita operacional líquida caiu 9 por cento na comparação ano a ano, para 2,345 bilhões de reais. As despesas operacionais caíram 9,9 por cento, a 2,1 bilhões de reais.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em 51 milhões de reais no período, frente a resultado também negativo de 34,6 milhões de reais no quarto trimestre de 2012. Analistas esperavam 108,7 milhões de reais negativos no quarto trimestre.

A Eletropaulo encerrou o trimestre com uma dívida líquida de 2,98 bilhões de reais, queda de 4,3 por cento em relação ao quarto trimestre de 2012.

No ano, o lucro líquido totalizou 198,2 milhões de reais, crescimento de 260,2 por cento quando comparado a 2012.

O Conselho da Eletropaulo também propôs o pagamento de 69,011 milhões de reais em remuneração a acionistas, a serem pagos até o final de 2014.

Para este ano, a Eletropaulo pretende investir 600,2 milhões de reais, ante 809,1 milhões no ano passado.

Do destinado à 2014, são previstos 550 de reais milhões com recursos próprios e 50,2 milhões financiados pelos clientes.

O valor será utilizado em novas subestações, novas linhas de trasmissão e na manutenção de redes e regularização de ligações.