Árvore derrubada: mobilização das equipes para atividade de poda deve levar entre 30 e 90 dias (Robson Fernandjes / Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 14h35.
São Paulo - A AES Eletropaulo, distribuidora de energia responsável pelo abastecimento elétrico da capital paulista e outros 23 municípios da região metropolitana de São Paulo, ampliará o volume de investimentos em atividades de manutenção e poda de árvores na área de concessão.
O valor do aporte adicional, contudo, ainda não está definido, informou o vice-presidente de Operações da Eletropaulo, Sidney Simonaggio.
A mobilização das equipes para a atividade de poda deve levar entre 30 e 90 dias.
"Faremos mais 200 mil podas de árvore. E também aumentaremos para 3.300 quilômetros a quantidade de manutenção da nossa rede", revelou o executivo.
"Estamos fazendo isso adicionalmente ao nosso programa, porque os ventos avariaram muita coisa. Outros locais ficaram comprometidos e podem vir a ter problemas em um futuro próximo", complementou Simonaggio.
Para atender as ocorrências dos últimos dias, a Eletropaulo chegou a recorrer a equipes de atendimento de outras duas distribuidoras com atuação no estado de São Paulo, a EDP Bandeirante e a CPFL.
Foram quatro equipes da Bandeirante e dez da CPFL. Esse contingente complementou uma equipe regular de 307 da Eletropaulo, número que pode chegar a até 800 equipes em momentos excepcionais a partir do deslocamento de funcionários escalados para outras tarefas e serviços.
Minutos antes da declaração de Simonaggio, o secretário de Energia de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, fez uma série de críticas à distribuidora.
Hoje, a diretoria e membros do governo paulista se reuniram para discutir o plano de medidas implementado pela Eletropaulo entre os dias 9 e 18 de janeiro.
A Eletropaulo entregou um relatório ao governo de São Paulo, o qual foi classificado como insuficiente por Meirelles.
O secretário salientou que o governo estadual estava diante das informações consideradas insuficientes apresentadas pela Eletropaulo durante a reunião, Meirelles afirmou que o governo estadual sentia "desconforto" em relação aos resultados da reunião com a Eletropaulo.
Simmonagio também comentou sobre a possibilidade de os fios da rede elétrica serem aterrados em São Paulo, e enfatizou que o trabalho precisa de uma mobilização ampla e conjunta.
O custo para aterrar os fios é estimado em R$ 5 milhões por quilômetro de rede. "É um custo que precisa ser diluído entre vários setores da sociedade", destacou o executivo.
As prefeituras deveriam assumir as despesas com o trabalho de recapeamento das vias e reconstrução das calçadas, defende Simmonagio.
Os governos estaduais e municipais deveriam reduzir os encargos sobre os produtos e serviços aplicados sobre a atividade de enterramento.
E, por fim, os proprietários de imóveis beneficiados com a medida, a partir da valorização dos locais, também participariam do projeto a partir de um maior pagamento de impostos.