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Eletronuclear assina memorando sobre construção de Angra 3

A obra da usina já consumiu 8,6 bilhões de reais em investimentos, mas ainda não tem data para ficar pronta

Angra 3: as obras foram paralisadas no final do ano passado, quando as empreiteiras responsáveis desistiram do projeto (.)

Angra 3: as obras foram paralisadas no final do ano passado, quando as empreiteiras responsáveis desistiram do projeto (.)

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Reuters

Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 15h31.

Rio de Janeiro - A Eletronuclear, subsidiária da estatal Eletrobras, assinou um memorando de entendimento com a China National Nuclear Corporation (CNNC), para uma possível participação da companhia chinesa na construção da usina nuclear Angra 3, informou a companhia nesta terça-feira, em uma nota.

O documento foi assinado pelo presidente da elétrica, Bruno Barretto, na semana passada, em uma visita à China para buscar parceiros que viabilizem a retomada das obras do empreendimento, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.

A obra da usina já consumiu 8,6 bilhões de reais em investimentos, mas ainda não tem data para ficar pronta, o que pode acontecer somente após 2022.

As obras foram paralisadas no final do ano passado, quando as empreiteiras responsáveis desistiram do projeto e alegaram atrasos de pagamentos pela Eletronuclear.

Na época, as empresas foram também acusadas de cartel na contratação dos serviços, o que é alvo de investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Com o memorando, segundo a Eletronuclear, as partes se comprometem a estudar formas de trabalhar juntas para viabilizar a usina, no entanto, não estabelece obrigações.

A CNNC, de acordo com a Eletronuclear, tem 12 usinas nucleares em operação, que respondem por 9,7 gigawatts (GW) de potência instalada. Além disso, está construindo mais 11 unidades, que adicionarão 11,44 GW ao seu parque gerador.

A Eletronuclear ressaltou que também tem conversado com outras empresas sobre a retomada de Angra 3, como a francesa EDF, que tem visita à central nuclear de Angra programada para janeiro; a sul-coreana Korea Electric Power Corporation (Kepco), que vem ao Brasil em fevereiro, e a russa Rosatom.

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