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Eletrobras terá em 2015 orçamento de R$ 14,1 bilhões

Eletrobras pretende estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa nos próximos 15 anos


	Eletrobras pretende estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa nos próximos 15 anos
 (Tiago Queiroz)

Eletrobras pretende estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa nos próximos 15 anos (Tiago Queiroz)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 16h07.

Rio de Janeiro - A Eletrobras anunciou hoje (30) que a holding repetirá em 2015 o orçamento recorde previsto para 2014 que envolvia desembolso de R$ 14,1 bilhões.

A expectativa da empresa é que consiga, no próximo ano, superar o volume de recursos orçados, uma vez que deverá chegar ao final deste ano com um valor realizado de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 10,2 bilhões do total orçado foram investidos até novembro – 73% do previsto e o maior da história da Eletrobras. As informações foram passadas por nota.

Para que a holding possa realizar o orçamento, a empresa passa por uma reestruturação dos processos empresariais, readequação dos custos em relação às receitas e otimiza os esforços entre as empresas do grupo, “questões que já vinham sendo tratadas nos últimos anos e que serão intensificadas em 2015”, informa a Eletrobras na nota à imprensa.

Eletrobras pretende estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa nos próximos 15 anos. Para tanto, a empresa implementará o Plano Estratégico do Sistema Eletrobras 2015-2030, aprovado pelo Conselho de Administração no fim de novembro.

A meta é estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa e entre as dez maiores do mundo em energia elétrica, com rentabilidade comparável às melhores do setor e sendo reconhecida por todos os seus públicos de interesse.

As informações divulgadas mostram que, dos R$ 10,2 bilhões gastos até novembro, R$ 5,2 bilhões foram em investimentos corporativos, nos quais possui propriedade integral, e R$ 5 bilhões por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), divididos entre geração (R$ 5,7 bi), transmissão (R$ 3,7 bi), distribuição (R$ 600 milhões) e demais (R$ 200 milhões).

A empresa trabalha com uma previsão de crescimento da capacidade instalada da Eletrobras até 31 de dezembro deste ano de aproximadamente 1.609 megawatts (MW), o que representa 26% do total do crescimento para todo o país, que é 6,2 gigawatts (GW). Até novembro, a capacidade instalada da Eletrobras aumentou 1.546 MW.

Em seu balanço geral, a Eletrobras, de forma individual ou por meio de SPEs, possui empreendimentos contratados em construção ou ainda em planejamento, que incorporarão à matriz brasileira até 2019 cerca de 22,4 GW, em sua maioria oriundos de fontes de energia limpa e renovável.

Desse total, a empresa é responsável por 12 GW, dos quais 2,3 GW são de empreendimentos de sua propriedade integral, enquanto 9,7 GW correspondem à parcela proporcional da participação da empresa em SPE. Esses investimentos deverão levar a capacidade instalada da companhia dos 43 GW, em dezembro de 2013, para 56,4 GW, em 2019.

Além disso, a Eletrobras possui estudos de inventário, viabilidade e projeto básico que totalizam 23,1 GW, com previsão de investimentos da ordem de R$ 81,2 bilhões.

Para 2015 o grande destaque será a conclusão das obras da interligação Brasil-Uruguai em 500 kilovolts (kV). A previsão é que até o fim do primeiro semestre do próximo ano, o Uruguai já esteja sendo abastecido com energia brasileira por desta linha.

A Eletrobras e a Eletrobras Eletrosul são responsáveis pela construção das obras no lado brasileiro, que constitui é a ampliação da subestação Presidente Médici, ponto de conexão no SIN, e pela construção de uma nova subestação elevadora de Candiota (230 kV/525 kV).

Já estão concluídas a linha de 230 kV e de 3 quilômetros de extensão, que levará energia entre as subestações de Presidente Médici até Candiota, e a linha de 500 kV e 60 quilômetros de extensão, que segue de Candiota até a cidade de Aceguá, na fronteira com o Uruguai.

A Eletrosul operará esses ativos após a conclusão das obras. Uma vez concluída, a interligação Brasil-Uruguais será capaz de suprir perto de um terço da demanda por energia do Uruguai.

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