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Eletrobras quer poupar R$ 1,5 bi com funcionários

O Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) ocorrerá entre outubro e novembro, segundo o presidente da companhia

Eletrobras: a meta é atingir 50% dos 4.832 empregados elegíveis, uma economia anual de R$ 600 milhões (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras: a meta é atingir 50% dos 4.832 empregados elegíveis, uma economia anual de R$ 600 milhões (Nadia Sussman/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de agosto de 2017 às 10h27.

Rio - A Eletrobras espera economizar R$ 1,5 bilhão por ano, 30% da folha de pessoal da companhia, com o enxugamento de seu corpo de funcionários. A empresa planeja cortar 4,5 mil postos de trabalho ainda em 2017, entre aposentadorias especiais e incentivos à demissão voluntária.

O Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) ocorrerá entre outubro e novembro, segundo o presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior.

A meta é atingir 50% dos 4.832 empregados elegíveis, uma economia anual de R$ 600 milhões. Já o Programa de Aposentadoria Extraordinária (PAE) tinha como objetivo alcançar 2.437 pessoas, mas teve adesão de 86% do previsto, 2.097.

"O objetivo não era tirar pelo número de pessoas, era tirar pelo custo", disse Ferreira. "Quem aderiu mais? Os salários mais altos. A economia anual seria de R$ 920 milhões por ano, mas ficou em R$ 874,8 milhões, 95% da meta anual", completou.

Apenas uma das empresas subsidiárias da Eletrobras ainda não aderiu ao PAE. É a Amazonas GT, que tem 130 funcionários elegíveis. Segundo Ferreira, se todos aderissem ao programa de aposentadoria, a empresa cumpriria a meta de R$ 920 milhões economizados anualmente. Como a expectativa de adesão é de 50%, a economia com a Amazonas GT seria de R$ 20 milhões, elevando o total economizado pela empresa a cerca de R$ 900 milhões.

A discussão nacional sobre a Reforma da Previdência ajudou a aumentar as adesões e a reduzir o custo do programa de aposentadoria extraordinária, segundo Ferreira. O retorno do investimento estava inicialmente estimado em 1,72 ano, mas acabou ficando em 0,93 ano.

"O plano pegou um período de grande discussão de aposentadoria. As pessoas têm interesse de garantir direitos e garantiram", contou ele.

Privatizações

A estatal espera melhorar o caixa também com as privatizações. A modelagem de venda de distribuidoras deve sair em setembro, e 79 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) serão vendidas este ano. A companhia tem atualmente 178 SPEs: 137 em geração, 38 em transmissão e 3 em serviços. "Vamos ter processos que nos permitam vender este ano, não posso obrigar as pessoas a comprar. A meta é chegar no começo de 2018 em 48 SPEs. No final do 1.º trimestre isso já vai estar resolvido", previu o executivo.

A Eletrobras calcula que as 79 SPEs que serão vendidas somam cerca de R$ 5 bilhões, mas em valores contábeis, por isso podem render mais ao caixa da empresa. "Podemos ter valor maior porque alguns ativos atraem muito interesse."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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