Linhas de transmissão da Eletrobras (Adriano Machado/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2014 às 20h52.
São Paulo - A Amazonas Energia, apontada como principal foco de preocupação dentro da atividade de distribuição da Eletrobras, deve começar a apresentar resultados mais favoráveis a partir do próximo ano.
De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, o prazo coincide com o início das operações da usina Mauá, previsto para dezembro deste ano.
Com o início das operações da usina, localizada na região Norte do País, a Amazonas Energia passará a contar com um ativo com capacidade de geração de 590 MW.
A Mauá faz parte do processo de desverticalização da Amazonas Energia, ou seja, do desmembramento das diferentes áreas de atuação da distribuidora.
No primeiro semestre, a Mauá teve prejuízo de R$ 648 milhões, o equivalente a quase três quartos do prejuízo de R$ 866 milhões acumulado pela área de Distribuição da Eletrobras.
"Esperamos um crescimento paulatino da Amazonas Energia a partir de 2015", destacou Araújo em entrevista concedida a jornalistas em São Paulo.
Pouco antes, em apresentação a analistas e investidores, o executivo classificou a Amazonas Energia como principal "problema" da Eletrobras na área de distribuição.
O executivo evitou fazer uma projeção de quando os resultados negativos da Amazonas Energia seriam revertidos em contribuição positiva para o grupo.
Antes de isso acontecer, porém, o primeiro efeito positivo aguardado pela Eletrobras é a maior clareza em relação à situação dos ativos de distribuição da Amazonas Energia.
Essa análise, fundamental para a definição do valor da tarifa de energia aplicada pela estatal, está comprometida atualmente pelos resultados obtidos pela companhia nas demais áreas, incluindo a geração de energia.
Em função dessa dificuldade de análise, a Amazonas Energia detém hoje uma das tarifas mais baixas do País.
Transmissão
Araújo também informou hoje que a Eletrobras pretende entregar até o final do próximo mês de setembro o detalhamento do pedido de indenização referente a ativos não renovados na área de transmissão.
O prazo legal para a entrega vai até dezembro. "Queremos entregar até setembro. Depois, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá 150 dias para dizer quanto é", salientou.