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Eletrobras prepara plano para investir após privatização, diz CEO

Segundo o presidente, o plano deve prever uma destinação para recursos que eventualmente sobrem após uma oferta de ações prevista no processo

Eletrobras: segundo o empresário, plano será importante também para a atração de capitais (foto/Reprodução)

Eletrobras: segundo o empresário, plano será importante também para a atração de capitais (foto/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2017 às 13h03.

Última atualização em 25 de outubro de 2017 às 13h25.

São Paulo - A Eletrobras tem trabalhado em um plano de negócios para o período 2018-2022 que deve ser aprovado entre novembro e dezembro e apontar oportunidades de investimento para a empresa após sua privatização, disse nesta quarta-feira o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr.

A privatização deve ser viabilizada por meio de uma oferta de novas ações que diluirá o governo a uma participação minoritária na companhia. A Eletrobras então deve utilizar a arrecadação com a emissão para pagar à União um bônus bilionário em troca de melhores condições nos contratos de suas hidrelétricas.

O presidente da Eletrobras não quis comentar valores, mas disse que as discussões do plano de negócios envolvem uma possível captação de recursos além do necessário ao pagamento combinado com o governo, para bancar investimentos.

"O que vai ser colocado é um valor... cujo destino desse recurso possa ser percebido como gerador de mais valor para a companhia ao longo do tempo, senão ninguém põe dinheiro... o que atrai capitais novos para uma companhia são novos investimentos", disse Ferreira a jornalistas, após participar de evento do Grupo Lide em São Paulo.

Ele apontou que a entrada da Eletrobras em novos negócios deve acontecer após a conclusão de planos já em curso para a venda de fatias da empresa em usinas e linhas de transmissão e para a privatização de suas distribuidoras de eletricidade.

A venda das fatias em ativos deve começar ainda neste ano, enquanto a das subsidiárias de distribuição é esperada para até o final do primeiro trimestre de 2018. Já desestatização como um todo, que envolverá emissão de ações, deverá ocorrer até o final do primeiro semestre do ano que vem.

"Imagino que a gente vá resolver o problema financeiro da companhia... teremos uma companhia equilibrada do ponto de vista financeiro, e aí é olhar um pouco das oportunidades que vão ser colocadas para o Brasil. A companhia poderia liderar esse processo, não será mais passageiro de ninguém", disse.

A fala do executivo faz referência aos últimos investimentos da Eletrobras, nos quais a companhia ou suas subsidiárias atuaram quase sempre em posição minoritária, ao lado de sócios privados.

Ele disse ainda, sem citar nomes, que a Eletrobras tem sido procurada por diversos interessados em seus ativos de geração e transmissão que serão colocados à venda.

A Reuters publicou na semana passada que a transmissora de energia Taesa, da mineira Cemig e da colombiana Isa, tem uma oferta pronta por alguns ativos de transmissão da Eletrobras e está à espera de sinais concretos da estatal sobre o modelo de venda.

Outras elétricas como Engie, EDP Brasil e Cteep também já manifestaram publicamente interesse em eventuais aquisições de ativos da Eletrobras.

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