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Eletrobrás pode ter reforço de R$ 14 bi

A Eletrobrás vai receber um reforço financeiro para sanear as contas, resolver o pagamento de dividendos atrasados há mais de 30 anos e ampliar os investimentos no setor elétrico. Segundo fontes ouvidas pelo Grupo Estado, a capitalização em estudo pode chegar a R$ 14 bilhões. O montante será mais que suficiente para que a estatal […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

A Eletrobrás vai receber um reforço financeiro para sanear as contas, resolver o pagamento de dividendos atrasados há mais de 30 anos e ampliar os investimentos no setor elétrico. Segundo fontes ouvidas pelo Grupo Estado, a capitalização em estudo pode chegar a R$ 14 bilhões. O montante será mais que suficiente para que a estatal quite com seus acionistas os R$ 10 bilhões em dividendos retidos nas décadas de 1970 e 1980. Oficialmente, o governo confirma apenas as negociações para a quitação desses débitos. "Está em andamento um processo para que a Eletrobrás ajuste as finanças e pague os dividendos", disse Nelson Machado, secretário executivo do Ministério da Fazenda.

O desenho financeiro da operação de capitalização será apresentado nos próximos dias ao ministro Guido Mantega, que voltou de férias esta semana. Segundo os técnicos, a capitalização é necessária para que a empresa possa continuar fazendo investimentos, especialmente em obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), após o pagamento dos dividendos.

A operação é mais uma etapa do processo de saneamento financeiro da empresa, iniciado no ano passado. Em novembro, a estatal aprovou a capitalização de suas subsidiárias integrais por meio da conversão de parte das dívidas dessas empresas em novas ações. Com a troca, equivalente a R$ 11,8 bilhões, a Eletrobrás passou a ter o direito de receber dividendos de suas controladas.

A faxina financeira abre espaço para a retirada das contas da Eletrobrás do cálculo do superávit primário das contas públicas, como foi feito com a Petrobras. A medida dará mais fôlego à empresa para ampliar investimentos, atendendo um dos objetivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é transformar a estatal na "Petrobras do setor elétrico".

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