Torres de energia: Eletrobras deve investir cerca de R$ 2 bilhões na Celg (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 21h48.
Brasília - A Eletrobras vai incorporar ao seu guarda-chuva uma nova empresa: a Companhia Energética de Goiás (Celg), uma das maiores empresas de distribuição de energia elétrica do País. Em grave situação financeira, a empresa, mantida pelo governo do Estado de Goiás, vem tendo sua "federalização" discutida na Eletrobras e no Ministério de Minas e Energia desde o início de 2012. Segundo apurou o Broadcast, serviçod e notícias em tempo real da Agência Estado com fontes do governo federal, a operação foi fechada nesta quinta-feira, 30, pelo governador goiano Marconi Perillo (PSDB).
Pelo acordo, o equivalente a 51% das ações da Celg serão transferidas à Eletrobras. Com isso, a estatal federal passa a contar com nada menos do que sete companhias de distribuição - do Piauí, de Roraima, do Acre, de Rondônia, do Amazonas, e do Alagoas, além da recém-incorporada de Goiás. Em todos os casos, as companhias eram originalmente administradas pelos governos estaduais, que sofriam com problemas financeiros.
A Eletrobras deve investir cerca de R$ 2 bilhões na Celg. A companhia de distribuição de energia elétrica goiana vem sofrendo com problemas financeiros há pelo menos quatro anos, período em que a qualidade dos serviços, acompanhados de perto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vem despencando.
O governador de Goiás comemorou a decisão na internet e postou, nesta noite, no microblog Twitter: "Boa notícia: hoje foi dado um importante e decisivo passo para destravar a questão da Celg. Chegamos a um acordo com o ministro Edison Lobão para a transferência definitiva do controle acionário da Celg D para a Eletrobras. A partir de agora, vamos investir muito em obras. As demandas serão atendidas e a população poderá ver a diferença".
A Eletrobras confirmou nesta quinta que foi assinado termo de entendimento entre a companhia, o Estado de Goiás, a companhia Celg de Participações (Celgpar) e a Celg Distribuição (CELG D). O objetivo é manter as negociações para aquisição de até 51% das ações ordinárias da CELG D pela Eletrobras.