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Eletrobras e Cemig confirmam proposta por 21,35% da EDP

Além das duas empresas, a participação do governo português na EDP está sendo disputada pela chinesa Three Gorges e a alemã E.ON.

Nenhuma das duas empresas forneceu valores das propostas. (divulgação/EDP Brasil)

Nenhuma das duas empresas forneceu valores das propostas. (divulgação/EDP Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 14h57.

São Paulo - A Eletrobras e a Cemig confirmaram que apresentaram nesta sexta-feira uma proposta vinculante para aquisição de 21,35 por cento do capital da Energias de Portugal (EDP), informaram as empresas em comunicados separados ao mercado, e conforme noticiado pela Reuters mais cedo.

A participação é detida pela Parpública - Participações Públicas, que representa o governo português. Nenhuma das duas empresas forneceu valores das propostas.

Segundo a Eletrobras, uma das principais empresas de energia do Brasil e controlada pela União, a proposta vinculante está inserida na estratégia "de ser a maior empresa de energia limpa do mundo até 2020" e avalia que a EDP detém "ativos estratégicos" que podem representar sinergia para ambas as empresas.

Já a Cemig, estatal controlada pelo governo de Minas Gerais, destacou que serão criadas duas empresas no exterior, "como veículo de aquisição para possibilitar a concretização da operação", caso seja declarada vencedora no processo.

Além das duas empresas, a participação do governo português na EDP está sendo disputada pela chinesa Three Gorges e a alemã E.ON.
Os candidatos tinham até às 17 horas (horário de Portugal) desta sexta-feira para entregarem as ofertas, sendo que o próximo passo é o parecer da holding estatal Parpública e da EDP sobre as ofertas. A escolha do comprador deverá ser decidida este mês, provavelmente nas próximas duas semanas.

Portugal está sob um resgate externo de 78 bilhões de euros, que tem como contrapartidas, não só o cumprimento de exigentes metas orçamentais, mas também a execução de reformas estruturais, maior liberalização dos mercados de bens e serviços e aumento da concorrência para estimular a capacidade competitiva da economia.

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