Negócios

Eletrobras diz que vai recuperar saúde ética e financeira

Uma Eletrobras mais transparente, com saúde financeira e que não atue como "órgão de governo" são algumas das promessas do novo presidente da estatal


	Eletrobras: “vamos recuperar a saúde ética e financeira das nossas companhias”, disse o executivo
 (Assessoria de Comunicação/Eletrobras)

Eletrobras: “vamos recuperar a saúde ética e financeira das nossas companhias”, disse o executivo (Assessoria de Comunicação/Eletrobras)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 16h19.

Brasília - Uma Eletrobras mais transparente, com saúde financeira e que não atue como "órgão de governo" são algumas das promessas do novo presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, que ao tomar posse oficialmente nesta quarta-feira não deixou de citar as suspeitas de corrupção que pesam sobre a maior elétrica do país.

“Vamos recuperar a saúde ética e financeira das nossas companhias”, disse o executivo, que ressaltou que a estatal não pode mais seguir acumulando prejuízos.

Na mesma solenidade, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que a estatal deve voltar a ser indutora do desenvolvimento do setor elétrico, mas sem deixar de lado a busca por lucros. “(A empresa) também tem que visar seu resultado e não pode topar qualquer aventura”, disse.

A Eletrobras acumula prejuízos de mais de 30 bilhões de reais desde 2012, quando o governo da presidente afastada Dilma Rousseff promoveu medidas para reduzir as contas de luz que acabaram por achatar as receitas da estatal.

Já as acusações de corrupção surgiram na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga propina em empresas privadas, estatais e partidos políticos, e levaram à suspensão da negociação de ações da Eletrobras na bolsa de Nova York.

As suspeitas impediram a estatal de apresentar no prazo documentos financeiros auditados ao regulador norte-americano. Investigações internas da companhia sobre a eventual corrupção ainda não foram concluídas.

Para Ferreira, as ações da Eletrobras devem voltar a ser negociadas em Nova York em outubro, depois que for apresentada, em 11 de outubro, a defesa da companhia perante a bolsa norte-americana.

"Minha expectativa é que ao longo de agosto e começo de setembro conclua o trabalho da comissão interna (de investigação) da empresa, e no dia 11 de outubro fazer a nossa defesa e, a partir do dia 13, já ter condição de voltar a operar as ações lá", disse.

A negociação dos papéis da elétrica foi suspensa em maio pela bolsa de Nova York.

INVESTIMENTOS EXTERNOS

Falando a jornalistas após a posse, o presidente da Eletrobras defendeu o papel da empresa na integração elétrica da América do Sul e ressaltou que a companhia “deve e pode experimentar iniciativas internacionais”.

Nesta semana, a Eletrobras anunciou a venda de sua fatia no projeto da hidrelétrica de Tumarín, na Nicarágua, um dos empreendimentos resultantes de um ambicioso plano de expansão internacional da elétrica que incluiu negócios em países como Uruguai e Peru.

Segundo Ferreira, a decisão de deixar o projeto na Nicarágua deve-se a questões financeiras específicas desse negócio e não representa um abandono definitivo da expansão no exterior.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEletrobrasEmpresasEmpresas estataisEnergiaEnergia elétricaEscândalosEstatais brasileirasFraudesHoldingsServiços

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem