Negócios

Eles descomplicam dados – e agora receberam R$ 5 milhões para conquistar o mercado

A plataforma Nekt acaba de receber a primeira rodada de investimento, liderado pela Alexia Ventures e com participação de RD Station, Trybe, Hapana e Luxor Group

Equipe da Nekt: objetivo do aporte é acelerar o desenvolvimento do produto e expandir sua base de clientes (Francine Orso)

Equipe da Nekt: objetivo do aporte é acelerar o desenvolvimento do produto e expandir sua base de clientes (Francine Orso)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 9 de junho de 2025 às 09h00.

Última atualização em 9 de junho de 2025 às 11h22.

A Nekt, plataforma que simplifica o acesso a dados e inteligência artificial (IA) para pequenas e médias empresas (PMEs), acaba de levantar R$ 5 milhões em sua primeira rodada de investimento. A rodada foi liderada pela Alexia Ventures, com a participação de nomes como fundadores de RD Station, Trybe, Hapana e Luxor Group. O objetivo do aporte é acelerar o desenvolvimento do produto e expandir sua base de clientes, que atualmente já soma 40 empresas, com planos de alcançar 100 até o fim de 2025 e 400 até 2026.

A Nekt oferece uma ferramenta para empresas que querem estruturar seus dados sem depender de uma equipe de TI especializada. A plataforma unifica a engenharia de dados, análises e ativação de informações em um único ambiente, com IA nativa que facilita a criação de insights e automações. A proposta é reduzir o tempo e o custo necessários para organizar dados e preparar empresas para a adoção de IA.

O CEO e cofundador da Nekt, Antonio Duarte, explica que a ideia surgiu de uma constatação simples: muitas empresas ainda não possuem uma base de dados organizada, o que torna a implementação de IA um processo mais longo e caro. "Identificamos uma grande lacuna nesse mercado. A Nekt foi criada para resolver isso, oferecendo uma solução prática e escalável para empresas em crescimento", disse.

Como tudo começou

A história da Nekt começa com os quatro fundadores, que se conheceram na universidade, durante o curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC. Em 2018, após algumas experiências no mercado de tecnologia, eles fundaram a Jungle Devs, uma consultoria que se destacou por formar talentos no Brasil para trabalhar com empresas dos Estados Unidos. A empresa cresceu rapidamente, mas, em 2021, foi adquirida pela Trybe, uma escola de tecnologia online.

Após a venda da Jungle Devs, os fundadores sentiram que era o momento de voltar ao mercado com um novo projeto. Em 2023, durante um momento pessoal difícil, que envolveu a internação de seu filho na UTI, Antonio Duarte se viu obcecado pela importância dos dados em momentos críticos. Isso o levou a explorar como as empresas lidam com dados e a identificar que muitas ainda estavam mal preparadas para usar IA de forma eficaz.

Foi aí que surgiu a Nekt, com a missão de simplificar a estruturação de dados e prepará-los para a inteligência artificial, permitindo que as empresas extraiam mais valor dos dados que já possuem. Um exemplo já conhecido no mercado é a Databricks, que atende clientes como Santander, Nubank, Bradesco e Casas Bahia no Brasil. O setor global é estimado em US$ 30 trilhões atualmente.

Olho no futuro

Com o investimento recebido, a Nekt se prepara para lançar novas funcionalidades, incluindo uma IA que vai ajudar as empresas a extrair ainda mais valor dos dados. A empresa aposta na democratização da IA, permitindo que até empresas menores possam aproveitar o potencial da tecnologia sem precisar de grandes equipes especializadas.

A Nekt já possui clientes no Brasil, Estados Unidos e Austrália, e espera continuar expandindo sua base e impacto no mercado de dados e IA, especialmente entre as PMEs.

Acompanhe tudo sobre:Empresas brasileirasInteligência artificialCiência de DadosPMEs

Mais de Negócios

Nanotecnologia é a próxima grande revolução depois da IA — e já está acontecendo

Ela aprendeu a consertar carros no Google e hoje sua oficina fatura US$ 440 mil — veja como

Com a faca e o queijo na mão: bilionária catarinense Aurora mira queijos nobres com Gran Mestri

A ascensão e queda da Blockbuster: como a empresa faturou R$ 6 bilhões em um ano até desaparecer