Negócios

Eles criaram uma rede de frango frito com US$ 900. E venderam empresa por quase US$ 1 bilhão

Rede foi fundada por três amigos de infância em um estacionamento em Los Angeles

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 5 de junho de 2025 às 10h05.

Última atualização em 5 de junho de 2025 às 10h15.

A Dave’s Hot Chicken, rede americana de frango apimentado estilo 'Nashville', surgiu em 2017 com apenas US$ 900 e uma barraca improvisada em um estacionamento em East Hollywood. Agora a empresa é foi vendida por quase US$ 1 bilhão.

O negócio começou de forma modesta quando Arman Oganesyan, um comediante de 24 anos que ganhava apenas US$ 50 por noite, teve a ideia de vender frango frito picante.

Garanta sua vaga por R$ 37: para se inscrever no pré-MBA em Finanças Corporativas da EXAME + Saint Paul, basta clicar aqui

Ele então convidou seus amigos de infância, Dave Kopushyan, um chef com experiência em restaurantes estrelados Michelin, e Tommy Rubenyan, para embarcar nesse projeto. Inicialmente, Kopushyan estava relutante.

"Frango? Eu nem gosto de frango", contou ele no podcast How I Built This with Guy Raz em 2024. Mas, depois de alguma insistência, o chef aceitou a proposta e o trio começou a testar receitas inspiradas no restaurante Howlin’ Ray’s, famoso em Los Angeles pelo estilo Nashville hot chicken.

Com um orçamento apertado, conseguiram reunir US$ 900 e montaram sua primeira operação em uma barraca improvisada, equipada com uma fritadeira de US$ 150, uma lâmpada de aquecimento para batatas e mesas emprestadas dos pais.

Na primeira noite, venderam apenas quatro refeições, todas para a namorada de Oganesyan e três amigas, faturando US$ 40. No entanto, cinco dias depois, a barraca chamou a atenção do crítico gastronômico Farley Elliott, do Eater Los Angeles, e a popularidade do negócio cresceu rapidamente. Em poucos meses, o trio já esgotava os estoques todas as noites. No final do segundo mês, começaram a receber um salário de US$ 10 mil cada, valor que, segundo Oganesyan, em entrevista à CNBC, foi "o maior que ele já viu na vida".

Não importa a área, o domínio das finanças corporativas é essencial para todos – e esse treinamento vai ensinar como dominar essa habilidade por apenas R$ 37

Em 2018, o negócio já havia se expandido o suficiente para incluir a primeira loja física, com a ajuda de Gary Rubenyan, irmão de Tommy.

De barraca a franquia global

A verdadeira virada ocorreu em 2019, quando um grupo de investidores comprou uma participação na empresa, com planos de transformá-la em franquia.

Entre os novos investidores estavam o atual CEO Bill Phelps, o ator Samuel L. Jackson, o apresentador e ex-jogador da NFL Michael Strahan, o produtor de cinema John Davis e o dono do Boston Red Sox, Tom Werner.

Sob a liderança de Phelps, a Dave’s Hot Chicken se expandiu rapidamente, com unidades nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e no Oriente Médio.

Em 2023, a rede gerou mais de US$ 600 milhões em vendas nos EUA, representando um crescimento de 57% em relação ao ano anterior, conforme dados da consultoria Technomic. A expectativa para 2025 é dobrar esse valor, atingindo US$ 1,2 bilhão em vendas.

Transação e futuro promissor

Embora os termos exatos da transação com a Roark Capital não tenham sido divulgados, os fundadores da empresa — Arman Oganesyan, Dave Kopushyan, os irmãos Rubenyan e Bill Phelps — continuarão com participações minoritárias e manterão suas funções na rede.

"O momento era absolutamente ideal. Estávamos em um ponto de virada, onde conseguimos uma avaliação incrível, e ainda havia muito espaço para crescimento - o cenário perfeito", disse Phelps.

Garanta sua vaga por R$ 37: para se inscrever no pré-MBA em Finanças Corporativas da EXAME e Saint Paul, basta clicar aqui 

Acompanhe tudo sobre:RestaurantesInvestidoresSucesso

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares