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Matheus Alban, CEO e sócio-fundador da Nonno (Divulgação)
Editor da Região Sul
Publicado em 21 de novembro de 2025 às 16h32.
Uma das regras de ouro aplicada à nova economia é que o empreendedor tenha clareza sobre o propósito do seu projeto. O primeiro passo para transformar uma ideia criativa em um negócio rentável é encontrar o motivo central da existência e até mesmo o porquê sua empresa fará melhor que a concorrência.
Mas quando este propósito já vem no DNA do empreendedor, a partir de conceitos até mesmo subjetivos, como o acolhimento, o resultado se reflete diretamente nas planilhas dos indicadores da companhia com um crescimento em ritmo acelerado.
Matheus Alban, 26 anos, é CEO e sócio fundador da Nonno, startup que nasceu em 2019, dentro do ecossistema da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), em Florianópolis. A plataforma realiza a conexão entre famílias e cuidadores ou acompanhantes para idosos. Nestes seis anos, já soma mais de 1,5 milhão de horas dos serviços dos profissionais indicados para mais de 3 mil famílias atendidas.
A Nonno já é a maior plataforma da área na região Sul, com atuação nos três estados e recentemente foi eleita como uma das 100 startups mais promissoras do país. O crescimento previsto para este ano é de aproximadamente 40%, com receita de R$ 9,5 milhões. O próximo passo é consolidar a expansão em São Paulo.
A origem da Nonno, ou, digamos, o seu propósito é muito anterior à criação da empresa. Em 1996, o empresário Carlos José Alban, avô de Matheus, fundava o Lar do Idoso Santa Rita, no município de Guaporé, interior do Rio Grande do Sul. Foi ali, inclusive, que Matheus foi batizado. “Desde aquela época, meus país e meus avós relatam sobre a dificuldade para se encontrar profissionais realmente dedicados ao atendimento de idosos”, conta o CEO.
Os pais de Matheus, Fernando e Cíntia Alban, durante anos dividiram-se entre as demandas do lar dos idosos e a condução dos negócios da família, a Credeal, de Serafina Corrêa (RS), que já foi a maior fabricante de cadernos escolares da América Latina. “Foi a partir da vivência e da experiência com meus pais, que aprendi o quanto o afeto, a atenção e pequenos gestos podem transformar uma vida, mesmo na terceira idade”, conta Matheus. Nonno, aliás, significa avô em italiano. O nome da empresa também é uma homenagem a Carlos José Alban.
O segredo do sucesso nesta conexão passa pela palavra confiança. E ela se dá por meio de um criterioso processo de seleção dos profissionais selecionados. De cada 100 cadastros de cuidador ou acompanhante, apenas 11% são aprovados. Além da experiência, mesmo que tenha sido basicamente familiar, o candidato não pode ter nenhum registro de antecedentes criminais ou até mesmo processos na Justiça.
Por fim, são realizadas entrevistas com psicólogos para identificar o perfil. Atualmente, São quase 10 mil acompanhantes/cuidadores cadastrados, sendo 1,8 mil ativos.
“A Nonno tem como propósito conectar famílias a profissionais que tenham a real compreensão do seu trabalho e o quanto isso impacta diretamente no cotidiano de um idoso. Muito mais do que uma empresa, nosso propósito é cuidar de pessoas em um momento muito especial da vida delas, como aprendemos lá atrás, a partir do nosso nonno”, afirma Matheus, que tem ao lado da sócia e irmã, Gabriela Alban, o desafio de levar para o mundo dos negócios o carinho aos idosos.