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Eike revela ter financiado campanhas de Dilma e Serra

Segundo o executivo, enquanto o BNDES não libera o dinheiro para financiamento, o grupo está fazendo um empréstimo-ponte com o Itaú e o Bradesco

Eike se referiu BNDES como uma instituição de desenvolvimento do Brasi (.)

Eike se referiu BNDES como uma instituição de desenvolvimento do Brasi (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

O empresário Eike Batista, presidente do Grupo EBX, afirmou hoje que está financiando as campanhas dos dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), "em prol da democracia". "Escolhemos ter uma democracia", disse ele, em gravação do programa Roda Viva, que vai ao ar hoje, a partir das 22h, na TV Cultura.

Questionado se tem medo de retaliação por parte de quem vencer a eleição caso ele tivesse financiado apenas o concorrente, Batista respondeu: "Também". "Não vão atrasar os meus projetos nos vários Estados por causa de política", afirmou. O empresário admitiu que não leu os programas de governo e disse que o Brasil está "bem colocado nos trilhos". "Foram 16 anos de acerto, as bases estão criadas."

Eike se referiu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como uma instituição de desenvolvimento do Brasil do qual o mundo inteiro sente inveja. "Se você não cumprir todas aquelas exigências, nem entra lá." Segundo ele, os ativos do grupo EBX valem R$ 80 bilhões, e as linhas tomadas por suas empresas junto ao BNDES somam R$ 4 bilhões. "Eu tenho que pagar isso de volta", ressaltou.

Conforme o executivo, enquanto o BNDES não libera o dinheiro para um dos financiamentos contratados, o grupo está fazendo um empréstimo-ponte com o Itaú e o Bradesco, com custo mais alto. "Todos os meus recursos estão em meus projetos", afirmou. O empresário contou ainda ter pago R$ 670 milhões referentes ao Imposto de Renda de 2009.

Legislação ambiental

O presidente do grupo EBX defendeu que a legislação ambiental seja rigorosa. "Nos últimos sete anos obtivemos 108 licenças ambientais. É rígido, mas que bom que é. Projetos que não cumprem critérios ambiental e social não devem nem existir. Temos que partir do conceito de que vamos buscar o sustentável. É o que eu faço", disse.

Segundo Eike Batista, o espaço em que as mineradoras extraem matéria-prima é "muito pequeno em comparação à área do Brasil". "Quando você extrai minério, cataloga fauna e flora, faz viveiros e pode fazer recuperação de 100%. Isso é uma coisa que a indústria deveria mostrar."

Ele afirmou também que os brasileiros precisam se "orgulhar" do Ministério Público (MP). "Acho ótimo os controles e as auditorias. Mandamos todo mês relatórios do andamento das obras para o Ministério Público", afirmou.

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