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Eike reclama de cobranças: “é imediatismo tropical”, diz

Eike não confirma, nem desmente, possível venda da AUX, em evento em São Paulo


	Eike Batista: empresário afirma que seus projetos vão mudar as áreas em que atuam
 (Divulgação)

Eike Batista: empresário afirma que seus projetos vão mudar as áreas em que atuam (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 09h29.

São Paulo - Em evento realizado nesta quinta pela revista The Economist, o empresário Eike Batista afirmou que há um "imediatismo tropical" quanto à execução dos projetos da holding EBX. "São obras estruturantes, transformacionais. Duvido que alguém esteja executando obras deste porte", afirmou.

Segundo o bilionário, as usinas de geração de energia da MPX que serão inauguradas entre outubro e dezembro, com atraso em relação à previsão inicial, vão entregar 3.000 megawatts de energia, equivalentes a 5% da energia instalada no Brasil.

"Gostaria de convidar os jornalistas [que cobram resultados práticos] para levar um choque na tomada na hora que a gente ligar essas térmicas", brincou. Eike afirmou ainda que as obras serão concluídas com uma taxa de retorno de 14,5% sobre os investimentos, ante um percentual de 15,5% estabelecido como meta.

Fechamento de capital

Em julho, o empresário havia anunciado a intenção de fechar o capital da sua empresa de logística, a LLX. Depois do laudo do Bank of America Merrill Lynch indicar um preço justo mínimo de 6,94 reais por papel - menos da metade do que Eike estava disposto a pagar - ele recuou.

Durante o evento, Eike afirmou que o Super Porto de Açu, principal projeto da LLX, será um "Rotterdam tropical". Construído em uma área de 90 quilômetros quadrados em São João da Barra, no norte fluminense, o porto está com as obras atrasadas há dois anos, segundo o primeiro cronograma estipulado pela companhia.

"O fechamento de capital é normal. Se o mercado não avalia bem, eu aceito comprar pagando um prêmio. O projeto é espetacular", disse. "O que está errado é o banco que avaliou em 7 [reais]. Ele deveria pagar”, completou.

Eike acrescentou ainda que o fechamento de capital é constantemente avaliado para as empresas do grupo, em um "processo dinâmico". O empresário não revelou, no entanto, quais companhias poderiam deixar a bolsa.

Mais dinheiro

Apesar de sustentar que o caixa da EBX será reforçado em 2 bilhões de dólares até o final do ano, Eike não detalhou de onde sairão os recursos. "Isso é um Kinder Ovo, pode vir de qualquer lugar", afirmou.

De acordo com informações de hoje da Bloomberg, a companhia pública Qatar Mining estaria prestes a fechar a compra de 49% da AUX, produtora de ouro do grupo, por este exato valor. Eike não confirmou - e nem desmentiu - o negócio.

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